23.4 C
Uberlândia
sexta-feira, novembro 22, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosFlorestasMancha de coniela chama atenção de produtores de eucalipto

Mancha de coniela chama atenção de produtores de eucalipto

Lísias Coelho

Engenheiro florestal, Ph.D. eprofessor ICIAG-UFU

Arthur Franco Teodoro Duarte

Graduando em Agronomia – ICIAG-UFU

Ernane Miranda Lemes

Engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Produção Vegetal – ICIAG-UFU

 

Crédito Andréia Aker
Crédito Andréia Aker

A mancha de coniela, causada pelo fungo Coniella spp., faz parte do grupo de doenças que afeta as folhas do eucalipto. Esta doença é considerada secundária, pois atualmente apresenta poucos danos às espécies de eucalipto de cultivo comercial no Brasil.

Estes pequenos danos se devem ao fato de que as espécies de eucalipto cultivadas são resistentes, ou então devido às condições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento da doença. Porém, a doença não pode ser desprezada, porque a eucaliptocultura no Brasil está evoluindo muito e a doença pode ganhar importância.

Sintomas

O fungo lesiona as folhas em campo, formando halos concêntricos, estreitos, de coloração escurecida, resultantes da exsudação de massa de esporos. Pode produzir sintomas isoladamente, ou em associação com Cylindrocladium spp., que causa uma importante doença em plantios jovens.

Em 2001, de acordo com uma Circular Técnica da Embrapa, o fitopatógeno foi identificado nas espécies Eucalyptusgrandis, E. robusta e Corymbiacitriodora. Apesar de reduzir a área fotossintética das folhas, ainda não foi relatada a desfolha de plantas em campo devido ao ataque deste patógeno, ao contrário do que tem sido observado com as manchas de cilindrocladium.

Prejuízos

A consequência da presença das manchas foliares é a redução da capacidade fotossintética da planta, que acarreta em menor desenvolvimento vegetativo, redução do rendimento e qualidade de seus produtos.

Em 1986 uma pesquisa mostrou Coniellafragariae, juntamente com Cylindrocladiumscoparium em folhas de mudas de Eucalyptusgrandis. Porém, Coniellafragariae foi identificado apenas nas plantas que tiveram ferimentos antes da inoculação. Estes ferimentos, no campo, podem ser causados por injúrias mecânicas, insetos ou outros patógenos, como Cylindrocladium spp.

Mesmo com esta pesquisa mostrando que a doença se expressou em mudas, ela é considerada não recorrente em viveiros. Para controlar a doença, utilizam-se apenas clones resistentes.

Essa matéria você encontra na edição de março/abril 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Restauração florestal será debatida em Minas Gerais

O processo de degradação a que os ecossistemas naturais vêm sendo submetidos desde o período colonial até os dias atuais, tem resultado num conjunto de problemas ambientais, como a extinção de várias espécies da fauna e da flora, as mudanças climáticas locais, a erosão dos solos e o assoreamento dos cursos d’água.

Utilização correta de inoculantes aumenta a produtividade da soja

Especialista da ANPII fala sobre os cuidados no manejo e na aplicação do produto Com o início do plantio de soja em todo o país...

A importância da qualidade das mudas de abacate

A qualidade das mudas de abacate é um ponto crucial no plantio de um novo pomar, uma vez que a produção de frutos é totalmente dependente. Para isto, o fruticultor deve considerar a aquisição das mudas como um investimento e não como custeio, pois o abacate é uma cultura perene que pode iniciar sua produção entre o segundo ao quarto ano e frutificar o ano inteiro.

9° Convenção de vendas VitalForce em grande estilo

A 9° Convenção de vendas VitalForce 2019/20 foi realizada no dia 27 de julho na Arena do Peão em Barretos (SP), com a presença de...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!