Os excessos de chuvas no ano de 2024 no Sul do Brasil ocasionaram erosão, lixiviação e remoção de nutrientes e outros elementos químicos importantes para o solo, devido ao escoamento das águas superficiais.
A lixiviação causa prejuízos econômicos e ambientais, pois altera a composição química do solo e diminui a fertilidade, causando problemas como a acidificação e deficiência nutricional para as plantas. Preocupados com essa situação, produtores do Rio Grande do Sul estão iniciando o processo de preparação do solo para o novo plantio, com amostragens e correções.
Para auxiliar o produtor nesta etapa de correção de perfil de solo e de fertilidade, a MaxiSolo, empresa referência na produção de fertilizantes minerais especiais, desenvolveu o SulfaBor, um produto à base de sulfato de cálcio com mais duas fontes de boro, sendo uma fonte de boro de liberação rápida, prontamente disponível e outra fonte de boro de liberação gradual, para suprir as necessidades desse nutriente da cultura ao longo do seu ciclo.
Diferenciais
De acordo com o engenheiro agrônomo e desenvolvedor técnico da MaxiSolo, Felipe Kumpfer, como o Sulfa- Bor contempla boro, cálcio e enxofre no mesmo produto, o fertilizante auxilia tanto no crescimento radicular quanto no crescimento da parte aérea da planta.
“Cálcio e o boro são sinérgicos, ou seja, trabalham juntos na multiplicação de células promovendo maior crescimento tanto de parte aérea quanto de raiz. O boro tem funções muito além de polinização e frutificação. Ele está diretamente ligado à divisão e desenvolvimento celular. Além destas funções, está ligado ao metabolismo dos carboidratos, transporte de açúcares e também à absorção de outros nutrientes, como por exemplo, o potássio”, explica Kumpfer.
Outro ponto importante para uma boa produtividade é o desenvolvimento radicular da planta, pois auxilia na absorção de água e nutrientes. De acordo com o produtor gaúcho Jocimar Ulkovski, do município de Barão de Cotegipe (RS) e associado da Cooperativa Alfa/Unidade Erechim (RS), a diferença da raiz de uma planta com SulfaBor e de outra sem é o crescimento de raízes finas de quatro a cinco vezes maior.
“No caso da plantação do Jocimar foi aplicado 200 kg de SulfaBor, ao lado do manejo padrão da fazenda, e o produtor notou uma diferença entre quatro a cinco vezes mais raízes finas, que são usadas pelas plantas para absorção de água e nutrientes”, explica o engenheiro agrônomo Felipe Kumpfer. Ele lembra que as raízes grosseiras têm um papel fundamental, que é a sustentação e fixação da planta para ela não cair, porém, o que absorve nutrientes são as raízes finas.
“Então, sem sombra de dúvidas, essa área tem um potencial produtivo muito maior que o padrão fazenda. É difícil mensurar, mas sabe-se que uma planta que tem maior capacidade de absorver água e nutrientes, se caso der um estresse hídrico, um veranico que é costumeiro no Rio Grande do Sul, estas plantas têm capacidade de suportar o estresse hídrico sem afetar seu metabolismo, garantindo, assim, um acréscimo de produtividade”, completa.
Versatilidade
Além de auxiliar na correção do perfil de solo e nutrição, o SulfaBor possui praticidade operacional, por ser ofertado em bag ou sacaria, podendo ser aplicado em pré ou pós-plantio das culturas, tanto em cereais de inverno quanto milho e soja no verão.
“Outro ponto muito importante é que SulfaBor tem por base o sulfato de cálcio que, por sua vez, tem capacidade de neutralizar o alumínio tóxico, por estar associado a duas fontes de boro, elemento esse que tem capacidade de inibir a toxidade do alumínio. É um fertilizante que tem uma tecnologia que favorece muito as áreas onde há alumínio tóxico, porque esse é o maior obstáculo para o crescimento radicular”, destaca Kumpfer.
O manejo do solo está ligado diretamente com a produtividade, e prova disso são os resultados obtidos com a utilização do SulfaBor em todo o Rio Grande do Sul. No município de Passo Fundo, por exemplo, o aumento na produtividade de milho foi de 12,2 sacas por hectare. Em Erechim, na soja, o incremento foi de 9,6 sacas/hectare com a mesma tecnologia. Já em Augusto Pestana, em uma plantação de trigo onde foi aplicado o SulfaBor o acréscimo chegou a 11,4 sacas/hectare.