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Fraudes com azeites de oliva crescem 17% no Brasil

Divulgação

No primeiro semestre de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) coletou 106 amostras de azeites de oliva no Brasil, das quais 30 foram desclassificadas por fraude. O dado é alarmante e reforça um problema que persiste no país, onde o azeite de oliva, em sua maior parte importado, tem sido alvo de adulteração. Segundo o Mapa, a adição de óleos vegetais, como o de soja, e o uso de corantes para simular a cor e a textura do azeite são as fraudes mais comuns. 

“A fraude no azeite de oliva não afeta apenas o bolso do consumidor, mas também coloca em risco a saúde pública”, alerta Leonardo Scandola, diretor comercial da Filippo Berio na América Latina. “Muitos brasileiros consomem azeite de oliva buscando seus benefícios nutricionais, mas acabam ingerindo produtos que podem ter componentes de origem duvidosa e até ser prejudiciais à saúde.” 

Além do risco à saúde, a adulteração também impacta a economia. Apenas no primeiro semestre de 2024, já foram apreendidos 97.660 litros de azeite fraudado, superando o volume total apreendido em 2023, que foi de 82.986 litros. De 2021 ao primeiro semestre deste ano, um total de 478.965 litros foram apreendidos pelo Mapa. “Esses números são preocupantes e mostram como a adulteração de azeites é uma prática que persiste no Brasil. O consumidor precisa estar atento para não ser enganado”, afirma Scandola. 

Como evitar fraudes 

A Filippo Berio, com mais de 150 anos de tradição na produção de azeites de oliva de alta qualidade, traz algumas dicas essenciais para ajudar o consumidor a identificar um bom azeite extra virgem e evitar que seja levado ao erro:

  • Leia o rótulo com atenção: procure sempre por termos como “extra virgem” e “prensagem a frio”. “Um bom azeite extra virgem deve ser puro, sem aditivos, e essas informações no rótulo são o primeiro indício de um produto de qualidade”, destaca Scandola.
  • Verifique a origem e o produtor: dê preferência a azeites de regiões com tradição na produção, como Itália, por exemplo. “Produtores renomados e com atuação internacional seguem rigorosos padrões de qualidade e os azeites são analisados por laboratórios credenciados pelas autoridades. Verificar a história e reputação da marca pode evitar que você compre um produto fraudado”, sugere o diretor.
  • Atente-se à data de validade e colheita: o azeite é melhor quando fresco. “Azeites mais frescos têm um sabor mais vibrante e preservam seus benefícios nutricionais. Sempre prefira aqueles que indicam a data de colheita ou fabricação. Prestar atenção a validade dos azeites: o padrão internacional de validade é de 18 meses, mas em alguns casos este prazo é estendido para até 3 anos”, recomenda Scandola.
  • Observe a embalagem: o armazenamento adequado é essencial. Azeites devem ser vendidos em garrafas de vidro escuro ou lata, que protegem o produto da luz. “Evite frascos com embalagem transparente, pois eles podem comprometer o sabor e a qualidade do azeite”, alerta o especialista.
  • Desconfie de preços muito baixos: um azeite de oliva de qualidade não pode ser vendido a preços extremamente baixos. “O processo de produção de um bom azeite extra virgem de qualidade é caro. Quando o preço parece muito abaixo do mercado, é provável que o produto não tenha a qualidade prometida”, explica Scandola.
  • Considere o cheiro: um azeite extra virgem de qualidade deve ter aroma vegetal de azeitona fresca, com notas frutadas de alcachofra, maçã e amêndoa. “O cheiro é um dos parâmetros mais importantes para julgar um azeite, pois revela a pureza do produto”, complementa.
  • Atenção à fluidez: o grau de fluidez de um bom azeite extra virgem deve ser médio-baixo. “Se o azeite for muito fluido, é possível que contenha muitos ácidos graxos poliinsaturados, típicos de óleos de sementes”, explica Scandola.
  • Prove o sabor: ao paladar, um azeite de qualidade deve revelar sensações amargas e picantes. “O picar na língua não é um defeito, mas sim um indicativo da alta presença de polifenóis, que são benéficos para a saúde”, afirma.
  • Cor não é parâmetro confiável: embora muitos associem a cor verde à qualidade, a cor do azeite não é um bom indicativo. “A cor pode variar com o tipo de azeitona e o grau de maturação, e alguns azeites adulterados podem ter corantes como a clorofila sintética”, adverte o especialista.
  • Clareza nem sempre significa qualidade: “Azeites industriais costumam ser filtrados para eliminar partículas de água, mas isso não significa que um azeite não filtrado seja de má qualidade”, conclui Scandola.

Cuidado com a saúde 

Para além do aspecto econômico, as fraudes com azeites têm impacto direto na saúde do consumidor. O azeite de oliva é amplamente recomendado por médicos e nutricionistas por seus benefícios, como a presença de antioxidantes e ácidos graxos essenciais. No entanto, ao adquirir um produto adulterado, o consumidor pode estar ingerindo ingredientes de baixa qualidade ou até nocivos à saúde. 

“Nossa missão, como marca comprometida com a qualidade, é garantir que o consumidor brasileiro tenha acesso a um azeite de oliva autêntico e seguro”, conclui Scandola. Para auxiliar nessa missão, a Filippo Berio reforça a importância de se atentar a todos os detalhes na hora da compra, assegurando a escolha de um produto confiável e nutritivo.

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