A produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil deve totalizar 2,8 milhões de toneladas na primeira quinzena de julho, uma queda de 4,7% no ano, segundo pesquisa da S&P Global Commodity Insights divulgada hoje, 26 de julho.
Para treze analistas consultados, a estimativa de moagem de cana variou de 42,5 milhões de toneladas a 46,7 milhões de toneladas. A estimativa média era de uma moagem total de cana de 44,8 milhões de toneladas, uma queda de 2,9% no ano.
O clima no Centro-Sul foi favorável para a moagem durante a primeira quinzena de julho, com menos de um dia esperado para chuva e cerca de 255 usinas ativas em 16 de julho.
A proporção de cana utilizada para a produção de açúcar deverá ser de 47,2%, abaixo do percentual do ano anterior. Os produtores brasileiros aproveitaram a recente alta do preço do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas as expectativas de longo prazo são de que as usinas maximizem sua produção de açúcar durante a segunda metade da safra.
A Platts avaliou que o etanol hidratado ex-mill Ribeirão Preto convertido em equivalente de açúcar bruto ex-CBIOs estava em 16,3 centavos/lb em 25 de julho, de acordo com dados da S&P Global. O contrato futuro de açúcar de julho NY11 fechou em 25 de julho a 17,47 cents/lb, um prêmio de 1,14 cent/lb sobre o preço do etanol hidratado expresso em equivalente de açúcar bruto ex-CBIOs.
O açúcar recuperável por tonelada de cana-de-açúcar, ou ATR, deverá ser de 114,1 kg/mt, uma redução de 1,8% no ano. A produção total de etanol da cana-de-açúcar deve chegar a 2,13 bilhão de litros na primeira quinzena de julho, queda de 2,6% no ano. A expectativa de produção de etanol hidratado era de 1,38 bilhão de litros, segundo a média das respostas dos analistas à pesquisa. Isso representaria um aumento de 6,6% no ano. A produção de etanol anidro na primeira quinzena de maio era de 762 milhões de litros, 14,3% inferior ao ano anterior, segundo o levantamento.
A associação da indústria UNICA deve divulgar seus números oficiais de produção no início da próxima semana.