Crises internacionais podem prejudicar o fornecimento e encarecer os preços dos fertilizantes e, em consequência dos alimentos
A possível falta de fertilizantes em 2022 pode causar uma crise no agronegócio brasileiro. Na primeira semana de outubro, o presidente Jair Bolsonaro, durante uma solenidade no Palácio do Planalto, fez uma declaração sobre o assunto: “Vou avisar um ano antes: fertilizantes. Por questão de crise energética, a China começa a produzir menos fertilizantes. Já aumentou de preço, vai aumentar mais e vai faltar. A cada cinco pratos de comida no mundo, um sai do Brasil. Vamos ter problemas de abastecimento no ano que vem.”
Desde o início do ano, o Brasil tem enfrentado contratempos para garantir que os fertilizantes cheguem ao agricultor e a alta dos preços é um reflexo disso. O preço do Cloreto de Potássio (KCl) no porto, por exemplo, mais que triplicou em relação ao início de janeiro.
Como os fertilizantes representam de 25 a 30% dos custos de produção, a alta dos preços eleva esses custos. Isso pode trazer duas consequências: a diminuição da rentabilidade das lavouras e o aumento dos preços para o consumidor final.
O impacto disso na agricultura brasileira pode ser muito grande, já que, com altos preços e sem garantia de conseguir os fertilizantes, a adubação das safras fica ameaçada. Tal cenário está relacionado à alta dependência do Brasil de fertilizantes importados.
O problema da dependência
O Brasil é altamente dependente de fertilizantes importados. De acordo com um relatório da Cogo Inteligência em Agronegócio, o Brasil é o 5º consumidor mundial desses insumos, mas responde por apenas 2% da produção mundial.
Isso se traduz no alto volume de fertilizantes comprados de outros países: 76% da demanda de fertilizantes do Brasil é atendida pelas importações, gerando um gasto de 10 bilhões de dólares ao ano.
Além da desvalorização do real frente ao dólar, essa dependência do fertilizante produzido em outros países fragiliza a agricultura brasileira. Isso porque fatores externos influenciam o aumento do preço e a disponibilidade do fertilizante no Brasil.
A crise na Bielorrússia, por exemplo, tem afetado gravemente a distribuição de cloreto de potássio no mundo. Isso porque o país é um dos maiores exportadores mundiais de KCl, respondendo por 20% do total da comercialização desse fertilizante.
De acordo com a CNN Brasil, as ações autoritárias do presidente do país, Alexander Lukashenko, suscitaram uma crise diplomática em que países como Estados Unidos e Canadá, além do Reino Unido, anunciassem sanções às exportações de derivados de petróleo e potássio da Bielorrússia.
Vale lembrar que a Bielorrússia está entre os dois maiores fornecedores de potássio para o Brasil e o Porto de Paranaguá, o principal porto que recebe fertilizantes no país, ficou dois meses sem receber navios de KCl vindos desse país.
Mas não é apenas a crise bielorrussa que pode fazer com que falte fertilizantes para a agricultura brasileira. Em setembro, por exemplo, o furacão Ida, um dos mais destrutivos a atingir os Estados Unidos, interferiu na logística de distribuição mundial de fertilizantes. Também houve um aumento no preço no gás natural e interrupções nas plantas de fabricação em razão da pandemia do Covid-19.
Tudo isso demonstra como estar dependente de outros países para sustentar a necessidade de fertilizantes, em especial do potássio, prejudica a agricultura brasileira e, em consequência a economia do país e a vida da população.
Por isso, reduzir essa dependência é fundamental para que o agro do Brasil se torne mais forte.
Potássio nacional é essencial para o agronegócio
Diante desse cenário, é essencial que o Brasil passe a investir mais na produção de fertilizantes nacionais, em especial de potássio, para fortalecer a sua agricultura. E o País tem potencial para isso.
Um exemplo é o trabalho que vem sendo desenvolvido pela empresa Verde. O Dr. Alysson Paolinelli, conhecido como ‘Pai da Agricultura Tropical’ e um dos nomes mais importantes do agronegócio brasileiro, faz parte da diretoria da Verde e comenta sobre a importância de se buscar alternativas ao potássio importado: “Usamos há muitos anos o cloreto de potássio, sem buscar novas alternativas. Temos o nosso potássio aqui e ele vai proporcionar muitos benefícios para o solo.”
A Verde opera a maior mina de potássio do Brasil, em São Gotardo, município de Minas Gerais. Essa é a primeira mina de potássio brasileira em mais de três décadas e ela tem capacidade para suprir 50% da demanda de potássio nacional pelos próximos 66 anos.
Isso pode reduzir a dependência externa de potássio do Brasil e evitar as consequências que a falta desse fertilizante trará na economia e sociedade do País. Paolinelli fala sobre a sua contribuição para que a Verde pudesse caminhar rumo ao objetivo de fortalecer a agricultura brasileira: “Não há razão para que o Brasil continue a importar essa quantidade de fertilizante para o nosso solo. O Brasil tem reservas. Pude, lá dentro do conselho, ajudar para que a empresa tomasse esse rumo e mostrei exatamente aos seus dirigentes quais são as possibilidades brasileiras do uso de produtos naturais, como é o caso do que a Verde oferece.”
E o que a Verde oferece é potássio nacional para a Nova Revolução Verde, por meio dos produtos que ela desenvolve.
Potássio nacional para a Nova Revolução Verde
A matéria-prima que a Verde extrai da mina de São Gotardo é utilizada no desenvolvimento de fertilizantes nacionais que melhoram o manejo agrícola. Seu primeiro produto, o K Forte®, é um fertilizante multinutriente que fornece potássio, silício, magnésio e manganês.
Outra solução desenvolvida pela empresa é o BAKS®, um fertilizante que pode fornecer para a lavoura potássio, enxofre, boro, silício e manganês. O produto ainda pode ser personalizado com as concentrações de nutrientes que a lavoura precisa.
As novas tecnologias agrícolas desenvolvidas pela Verde, além de permitirem a extração sustentável do potássio em território nacional, são responsáveis pela pesquisa e desenvolvimento de uma alternativa ao KCl muito mais saudável e adequada aos solos brasileiros.
Cristiano Veloso, CEO da Verde, comenta: “Essa commodity importada, que é o cloreto de potássio, tem uma desvantagem muito grave: metade dela é potássio, no entanto, a outra metade é cloro. Todo ano que você aplica o cloreto de potássio, você faz um estrago com relação à microbiota do seu solo, que é essencial não só para que você consiga assegurar a produtividade atual, mas para conseguir produzir mais e melhor.”
Isso é demonstrado no campo. Laercio Dalla Vecchia, campeão nacional de produtividade da soja no Cesb, que obteve produtividade de 118,82 sacas de soja por hectare, é adepto da agricultura focada em princípios sustentáveis e utiliza os produtos da Verde:
“Eu, como produtor, pensava que para colhermos bastante era necessário investirmos bastante. Aumentei bastante a adubação, fiz uma agricultura focada em produtos, com poucos princípios. Quando fui colher minha área, não tive bons resultados, não tive uma produção muito adequada. Então, a partir daí eu vi que eu estava errado e precisava mudar.”
Hoje, Laercio vê a agricultura com outros olhos: “uma agricultura focada em bons princípios, em boas práticas agrícolas, em que nós olhamos a propriedade como um todo, a longo prazo e temos sempre uma agricultura sustentável em primeira mão.”
Laercio sempre procurou, por exemplo, alternativas ao cloreto de potássio para deixar o cloro de lado e preservar a microbiota e a vida no solo: “Eu indico o K Forte® para os demais produtores, pois nós temos no nosso solo milhões de seres vivos trabalhando a nosso favor, então cabe a nós cuidar deles, preservá-los. Além do mais, a maioria do nosso cloreto de potássio vem de longe e o K Forte® é um produto inteiramente nacional.”
Já Alysson Paolinelli comenta a vantagem competitiva que o Brasil, com suas novas fontes de potássio, tem em relação aos outros países: “Nós todos teremos mudanças profundas em nosso sistema de produção, de processamento, de comércio, de alimentação. Tudo isto terá profundas transformações. Nós precisamos estar atentos. Essa vantagem comparativa que Deus nos deu, nós temos que saber aproveitá-la.”
Assim, para evitar a crise provocada pelos altos preços e pela falta de fertilizantes, que é consequência da dependência externa, é urgente investir nas tecnologias e fontes de potássio que estão disponíveis no Brasil.
Sobre a Verde
Somos uma empresa de tecnologia agrícola que produz fertilizantes. Nosso propósito é melhorar a saúde de todas as pessoas e a do planeta. Por isso, em parceria com a natureza, fazemos a agricultura mais saudável, produtiva e rentável.
Saiba mais sobre a Verde em: www.verde.ag
Contato: Ana Carolina Andrade anacarolina.andrade@verde.ag / (31)99545-1102
Sobre o BAKS: BAKS® é um fertilizante multinutriente que pode fornecer potássio, enxofre, boro, silício e manganês. O agricultor pode escolher a combinação de nutrientes ideal para sua lavoura. Algumas formulações contam com duas fontes de potássio: uma de liberação imediata e outra de liberação gradual. Isso garante o suprimento do nutriente no plantio e ao longo do desenvolvimento da cultura. BAKS® com enxofre conta com uma tecnologia exclusiva de micronização do enxofre elementar, a MicroS Technology, o que resulta em uma alta performance do nutriente em campo. A combinação de vários nutrientes em um só produto reduz a quantidade de entradas na lavoura, trazendo economia para o agricultor. BAKS®: retome o controle!
Sobre o K Forte: O K Forte® é um fertilizante multinutriente, fonte de potássio, silício e magnésio, nutrientes de liberação progressiva. K Forte® é livre de sódio, cloro, acidificação, lixiviação, compactação e salinidade. A matéria-prima do K Forte® é o Siltito Glauconítico, que é rico no mineral glauconita. A glauconita é utilizada nos Estados Unidos como fertilizante, continuamente, desde 1760. O Siltito Glauconítico possui propriedades para o desenvolvimento e nutrição das plantas, além de promover a melhora da estruturação do solo.