Com a perspectiva de uma safra de grãos 7,6% menor do que a anterior, os produtores enfrentam o desafio de maximizar a qualidade e a quantidade dos grãos colhidos. Em meio a essa preocupação, o monitoramento cuidadoso da colheita se faz necessário, com especial atenção à umidade dos grãos. Manter os grãos com umidade adequada e em condições ideais é fundamental para preservar sua qualidade e evitar prejuízos.
A última estimativa da Conab, para a safra 2023/24, indica um volume de produção de 295,6 milhões de toneladas, 7,6% ou 24,2 milhões de toneladas abaixo do obtido em 2022/23. Desde o início desta safra, as condições climáticas foram desfavoráveis nas principais regiões produtoras (Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba), especialmente para a cultura da soja, principal produto cultivado no período.
Diante da projeção menor, o monitoramento constante da safra emerge como o primeiro e mais importante passo nesse processo. É necessário dar uma atenção especial à umidade dos grãos, pois este fator desempenha um papel fundamental no momento do armazenamento. “Grãos excessivamente úmidos estão mais propensos à deterioração, comprometendo sua qualidade e reduzindo significativamente seu valor comercial”, afirma o engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, empresa detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos.
O teor médio de umidade da soja e do milho deve ser entre 12% e 14%. Se a umidade ficar acima dessa média ideal, o armazém vai pagar um valor menor pela carga. O cálculo varia de armazém para armazém, a depender do valor de correção estipulado pelo comprador.
Smolareck recomenda ao produtor fazer várias coletas de grãos antes da colheita, de vários pontos do talhão, para garantir um resultado mais preciso.
“Isso porque a umidade traz impacto direto na qualidade e na conservação durante o armazenamento. Além de que a alta umidade significa também grãos avariados. “Em alguns casos, os avariados são os grãos queimados, ardidos, mofados, fermentados e germinados”, explica Smolareck, especialista em classificação de grãos.
O diretor da Loc Solution/Motomco, Gedor Vieira, observa que a classificação de grãos, em especial no que diz respeito à umidade, resulta em uma maior eficiência na cadeia de produção e armazenamento de grãos, beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores finais.
Além disso, ao adotar tecnologias avançadas e conectadas, como a integração com a nuvem e a atualização remota dos equipamentos, a Loc Solution demonstra um compromisso com a inovação contínua e a adaptação às demandas do mercado agrícola em constante evolução.
Segundo Gedor Vieira, os medidores de umidade automatizados são ferramentas essenciais no gerenciamento de silos agrícolas, pois permitem um controle preciso sobre as condições de armazenamento dos grãos. Com a capacidade de monitorar constantemente a umidade e armazenar esses dados na nuvem, os operadores podem tomar decisões informadas sobre onde descarregar novas cargas de grãos, garantindo que sejam armazenadas nas condições ideais.
“Isso não só melhora a eficiência da distribuição dos grãos entre os silos, mas também ajuda a manter a qualidade do produto, evitando perdas causadas por condições inadequadas de armazenamento”, afirma Gedor, acrescentando que a tecnologia de automação em silos representa um avanço significativo na agricultura moderna, otimizando as operações e contribuindo para uma gestão mais inteligente dos recursos.
Ao oferecer soluções que permitem o controle preciso da umidade dos grãos e a otimização do armazenamento, a empresa não apenas contribui para a melhoria dos processos agrícolas, mas também promove a sustentabilidade e a rentabilidade dos negócios agrícolas. “Essa abordagem alinhada com as tendências do Agro 5.0 posiciona a Loc Solution/Motomco como uma líder no setor, impulsionando o sucesso de toda a cadeia produtiva de grãos”, enfatiza o gerente.
LEIA TAMBÉM:
- Tétano em equinos: conheça os riscos, formas de prevenção e tratamento
- COP29: restauração aumenta produtividade de soja em 600 kg por hectare, mostra estudo inédito
- PIB do agronegócio deve cair 1,7% em 2024, aponta boletim do Ministério da Fazenda
- Calagem do solo em abacate: quais as recomendações?
- Sakata iField: evento online oferece conteúdo técnico gratuito aos produtores