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Cafeicultura: projeto de agricultura inteligente aponta economia de 30% de água nas lavouras

Divulgação

A água é um recurso vital no processo de produção do café, no entanto o setor enfrenta desafios diante das mudanças climáticas, com registros de secas e chuvas instáveis. Diante disso, com o objetivo de garantir maior segurança hídrica e mitigar os impactos socioambientais, o Consórcio Cerrado das Águas (CCA), colaborativamente com a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) e outras empresas do setor público e privado, enaltecem a importância do “Programa de Investimento no Produtor Consciente (PIPC)” e outras ações do CCA que já impactaram 150 mil pessoas, registrando 1.143 hectares com estratégias implementadas para saúde do solo e água, 86,63% de índice de manejo de carbono, entre outros.

“O programa oferece aos produtores serviços especializados para o desenvolvimento ambiental das suas propriedades em três frentes: restauração, práticas agrícolas climaticamente inteligentes e gestão eficiente de recursos hídricos. Recentemente lançamos a primeira linha de financiamento para resiliência hídrica e demos início ao projeto de irrigação com sensores eletrônicos, cuja economia de água foi de 30% no projeto-piloto”, diz Marcelo Urtado, cafeicultor e presidente do CCA.

A equipe do consórcio desenvolve ações e projetos que visam à construção de paisagens produtivas sustentáveis, gerando impactos ambientais e socioeconômicos positivos para toda Região do Cerrado Mineiro. Entre os resultados também estão: 2.981 hectares de lavouras com estratégias de agricultura climaticamente implementadas, 195 hectares de vegetação nativa conservada, e até o momento, 68 mil mudas de espécies nativas plantadas, como parte integrante das implementações de agricultura climaticamente inteligente.

Para a Expocacer, uma das mantenedoras do consórcio, a saúde e o uso sustentável das bacias hidrográficas da região, além de serem os indicadores mais importantes dos resultados das intervenções, são prioridade no contexto atual de escassez hídrica. “Sem água, não há café, por isso precisamos continuar neste caminho de agricultura saudável e consciente, estabelecendo relações comerciais mais éticas e justas ao longo da cadeia produtiva, em conformidade com a agenda de sustentabilidade do mercado. Estamos comprometidos em fornecer suporte técnico e recursos para aqueles que desejam produzir café de forma responsável.” destaca a Gerente Técnica e de Sustentabilidade da Expocacer, Farlla Gomes.

Atualmente há o atendimento em 116 propriedades rurais, em três bacias: Patrocínio, Serra do Salitre e Coromandel, cuja área total corresponde a 99.571 hectares. O CCA tem garantido o abastecimento de água dos três municípios que somam mais de 131 mil habitantes. “Nossa estratégia de expansão visa chegar em outros municípios do Cerrado e em mais bacias, para melhorar a qualidade do solo, da água e proporcionar também mais qualidade para a vegetação, além de formar corredores de agricultura inteligente e alavancar os ganhos de biodiversidade da região como um todo”, diz Urtado.

Comprometidos com a agenda 2030 de sustentabilidade das Nações Unidas, o trabalho do CCA e de seus mantenedores apoia os produtores e facilita o processo de transição para a agricultura inteligente ofertando tecnologias para serem aplicadas na vegetação nativa, áreas produtivas com foco na melhoria da oferta dos recursos hídricos, sempre embasado em pesquisas científicas e experiências práticas.

“Nossos cooperados estão liderando pelo exemplo, demonstrando que é possível alcançar sucesso comercial enquanto se protege e preserva os recursos naturais, promovendo o bem-estar do meio ambiente, das pessoas envolvidas na produção de café e das comunidades locais”, finaliza a Gerente Técnica em Sustentabilidade da Expocacer.

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