Para combater o uso indevido da primeira Denominação de Origem (DO) para cafés do Brasil, o selo “Cerrado Mineiro”, e conscientizar a população sobre a importância de consumir cafés autênticos de origem rastreável, a Federação dos Cafeicultores do traz uma campanha que também visa aumentar a oferta de cafés certificados no mercado, com uma previsão de 600 mil a 700 mil sacas na safra 2024/2025, ante as 115 mil sacas da temporada 2023/24.
“Notamos que muitas embalagens de café, seja verde ou industrializado, têm trazido no rótulo a DO “Cerrado Mineiro” de maneira indevida, o que pode comprometer a reputação da região além de prejudicar os consumidores, parceiros e produtores. Isto é considerado uma infração às normas da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que possui o registro de Denominação de Origem assegurado pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Por isso, queremos estar cada vez mais próximos dos diferentes elos da cadeia para orientar sobre os processos de utilização da origem controlada”, diz Juliano Tarabal, Diretor Executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Campanha
Um dos destaques da campanha é também aumentar a rastreabilidade dos lotes de café, valorizando o produto tanto no mercado nacional quanto internacional. Desde 2013, o Selo de Origem e Qualidade atesta que o lote comercializado possui a certificação da Região do Cerrado Mineiro, conforme os requisitos estabelecidos no processo de produção. A Política de Denominação de Origem estabelece que todos os cafés que atingirem pelo menos 80 pontos e passarem pelas cooperativas serão certificados, com intuito de aumentar a oferta de cafés com DO no mercado.
“A autenticidade dos cafés do Cerrado Mineiro precisa ser protegida e é uma responsabilidade coletiva garantir a qualidade e a história por trás dos cafés da Região. Para nós produtores, é muito importante que os nossos parceiros e consumidores saibam que estão tomando um verdadeiro café de origem e qualidade, que possuí uma história belissima por trás da xicara. Isso traz valor ao nosso produto, e o comprador pede por isso”, diz Augusto Faria, produtor.
A divulgação da campanha inclui redes sociais, vídeos, palestras, materiais impressos, banners, outdoors e totens para engajar o maior número de pessoas ao redor do mundo.
Para a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer), uma das apoiadoras da ação, a rastreabilidade e as certificações reafirmam a qualidade, atributos da bebida e boas práticas agrícolas adotados pelos produtores. “Somos a primeira região do Brasil com denominação de origem, certificando que nossos cafés têm características qualitativas e forma de produção exclusivas. Por isso é tão importante que o uso da DO seja feito de maneira correta, como levanta a campanha”, diz Simão Pedro de Lima, Presidente Executivo da da Expocacer.
Denominação de Origem
A Denominação de Origem é um selo de qualidade que identifica produtos originários de uma região específica e que possuem características singulares e diferenciadas, resultado de fatores geográficos, climáticos e culturais. No caso dos cafés da Região do Cerrado Mineiro, essa certificação garante que o produto foi cultivado e processado na área dos 55 municípios da Região e por um dos 4.500 produtores, obedecendo a padrões rigorosos de qualidade, sustentabilidade e garantindo a rastreabilidade.
“A ação representa um esforço para garantir que os consumidores recebam produtos de qualidade e origem certificada, combatendo as infrações, fortalecendo a confiança no café do Cerrado Mineiro, além de valorizar o trabalho dos produtores que seguem os requisitos necessários para a certificação. Possuimos exponencial suficiente para atender a demanda do mercado global, para o qual temos mapeados a utilização da Origem Cerrado Mineiro em 44 países por mais de 700 marcas”, finaliza Tarabal.