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Bela Vista Florestal – Profissionalismo que se vê

Crédito Fransérgio Leão
Crédito Fransérgio Leão

A Bela Vista Florestal é uma empresa que trabalha com a produção de mudas florestais, especificamente o eucalipto e o cedro australiano, sendo este último seu carro-chefe, com o único projeto de melhoramento genético da espécie no mundo.

A empresa também investe em plantios florestais, atualmente gerindo sete mil hectares de eucalipto, área na qual tem participação societária, e cerca de 400 hectares de cedro australiano.

“Temos, em sociedade com o grupo Séculus, uma empresa chamada Natureza Reflorestamento, e com ela queremos plantar cinco mil hectares de cedro australiano. É um projeto recente, iniciado em 2014, mas temos plantado ininterruptamente desde então“, revela Ricardo Steinmetz Vilela, diretor da Bela Vista Florestal e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Mudas Florestais.

Sobre o cedro, ele ressalta que tem tido uma oportunidade fantástica, quando com o apoio da Universidade Federal de Lavras (UFLA), visitou a Austrália em 2005 e lá teve acesso a um soberbo material genético.

As melhores matrizes das espécies de cedro australiano da Austrália foram selecionadas pelo CSIRO (equivalente à Embrapa), que mapeou as melhores árvores de cedro do País e colheu sementes dessas plantas. “Caímos de paraquedas nesse projeto, mas chegamos no lugar certo e na hora certa.Compramos e trouxemos sementes das melhores matrizes da Austrália para o nosso País“, conta o empresário.

Segundo ele, na época, há mais de dez anos, o investimento foi alto – meio quilo de sementes custou quase R$ 100 mil. “Esse material virou um tesouro genético, inclusive muito difícil de se repetir, porque em 2012 tentamos fazer uma nova introdução de material genético e o Csiro não tinha mais esse banco de sementes“, relata.

“As matrizes estão separadas por mais de três mil quilômetros na Austrália, de norte a sul do país na costa leste. E trouxemos uma gama com variabilidade genética suficiente para conduzir um projeto de melhoramento de sucesso. Essa é a base de todo o nosso trabalho e o motivo do sucesso“, orgulha-se Ricardo.

No Brasil

Quando o material chegou ao Brasil, a Bela Vista Florestal fez as mudas, selecionou as melhores e instalou em testes de progênies, os quais foram avaliados incessantemente durante anos, para então selecionar nas melhores famílias os indivíduos mais promissores.

Destes indivíduos foram instalados testes multiclonais em diversas áreas e em variados biomas (cerrado, mata atlântica e zona de transição, norte, sul, oeste, leste de minas) e destes testes multiclonais foram selecionados os seis materiais comerciais com os quais a empresa trabalha hoje.

“No momento, nos testes de progênies, os materiais originais que vieram da Austrália estão já com 10 anos de idade, ou seja, no segundo terço do ciclo de produção, o qual consideramos 15 anos, então estamos fazendo o resgate de mais 27 materiais genéticos. Vamos ampliar esse programa para mais de 30 materiais genéticos, os quais vamos hibridar (fazer cruzamentos entre si). Estamos resgatando materiais, fazendo enxertia, montando nosso jardim de polinização controlada (jardim de hibridação ou jardim de polinização in door), isso na Bela Vista de Campo Belo, no Sul de Minas“, detalha Ricardo Vilela.

Ele também diz que este é o momento de fazer o resgate de brotos basais para  rejuvenescimento e clonagem desses materiais, para instalar novos testes multiclonais dos indivíduos que não se expressaram sete anos atrás, mas que nesse resgate se mostraram espetaculares nos testes originais de progênie.

Com esse embasamento técnico, a Bela Vista Florestal vem se firmando e no mercado, fazendo com que a espécie fique ainda mais conhecida.

O cedro australiano vem se mostrando muito adaptado a todos os Estados do Sudeste. No Centro-Oeste, mais especificamente em Goiás, no Mato Grosso do Sul e também nos Estados do Sul, assim como no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a Bela Vista já tem clientes muito satisfeitos com os resultados.

Essa matéria você encontra na edição de maio/junho 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

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