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Efeitos da aplicação de fertilizantes organominerais na fotossíntese

 

Fabiano Pacentchuk

Engenheiro agrônomo, mestre em produção Vegetal e doutorando em Agronomia – Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)

fabianopacentchuk@gmail.com

Margarete Kimie Falbo

Médica veterinária, doutora e professora do Unicentro

margaretefalbo@hotmail.com

Itacir Eloi Sandini

Engenheiro agrônomo, doutor e professor de Agronomia do Unicentro

isandini@hotmail.com

 

 Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

A agricultura moderna, que busca altos índices produtivos com menores injúrias possíveis ao ambiente, clama por alternativas que contribuam para o aumento de produtividade em paralelo com a manutenção da sustentabilidade do sistema.

A produtividade das culturas agrícolas está diretamente relacionada ao provimento eficiente de alguns fatores de produção, como: água, luz, temperatura, nutrientes, dentre outros de igual importância.

Neste contexto, o fornecimento de nutrientes, via de regra, é um dos fatores que mais onera o custo de produção. Além disso, se utilizado de maneira inadequada, pode ocasionar em danos ao ambiente. Assim, o uso de fertilizantes organominerais é uma alternativa para o aumento de produtividade das culturas agrícolas, bem como a diminuição de custos. Ainda, o uso de resíduos animais in natura, para compor os fertilizantes organominerais, pode reduzir os danos causados no ambiente.

Os organominerais

A utilização de fertilizantes organominerais é capaz de fornecer os nutrientes em sincronismo com a época de maior demanda das culturas (TEIXEIRA, 2013). A adubação organomineral normalmente é mais eficiente que a aplicação exclusiva de qualquer dos dois tipos de material (LUZ et al., 2010). Isso se deve ao fato de que a ausência de alguns nutrientes essenciais para as plantas em um dos tipos de fertilizantes pode ser suprida pelo uso combinado com outro tipo de fertilizante, o qual pode conter maior quantidade desses nutrientes que se encontram ausentes (ANDRADE et al., 2012).

Define-se fertilizante organomineral como: “produto resultante da mistura física ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos“, e estes devem apresentar, no mínimo: carbono orgânico: 8%; CTC: 80 mmolc kg-1; macronutrientes primários isolados (N, P, K) ou em misturas (NP, NK, PK ou NPK): 10%; macronutrientes secundários: 5% e umidade máxima de 30%.

Os organominerais melhoram o solo - Crédito Luize Hess
Os organominerais melhoram o solo – Crédito Luize Hess

Potencial

Os fertilizantes organominerais são caracterizados por apresentarem potencial químico reativo relativamente inferior ao fertilizante mineral. Porém, sua solubilização é gradativa no decorrer do período de desenvolvimento da cultura. Assim, sua eficiência agronômica pode se tornar maior se comparado às fontes minerais solúveis (KIEHL, 2008).

Por meio da aplicação de organominerais ocorre uma visível melhoria no solo, promovida pelas frações da matéria orgânica, como por exemplo, a fração húmica, que melhora e estimula a flora microbiana em volta do sistema radicular, o que facilita a liberação e retenção dos nutrientes, a retenção de água, a aeração, o estado da agregação do solo e, principalmente, a formação de quelatos naturais, influenciando diretamente na nutrição da planta (SOUZA & RESENDE, 2003).

É importante salientar que os compostos orgânicos ou organominerais, em função da sua composição, enquadram-se nas categorias de ativadores biológicos, estimulantes e reguladores de crescimento, fontes de nutrientes minerais de baixa concentração, condicionadores e agentes umectantes (NCR 103 COMMITTEE, 1984).

Deste modo, sabe-se que na composição dos fertilizantes organominerais existem substâncias que possibilitam estímulos fisiológicos para as plantas. As substâncias estimulantes são componentes que produzem resposta ao crescimento das plantas por meio da melhoria da tolerância aos estresses abióticos. Muitos destes efeitos são baseados na sua habilidade de influenciar a atividade hormonal das plantas.

Mais que benefícios

Segundo Floss et al. (2007), a utilização de estimulantes aumenta de importância na medida em que se busca atingir o potencial produtivo das culturas, principalmente na ausência de fatores limitantes de clima e solo.

Estas substâncias podem incrementar o crescimento e o desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular e também a diferenciação e o alongamento celular.

Segundo Hamza & Suggars (2001), os estimulantes e as substâncias húmicas têm mostrado influência em muitos processos metabólicos nas plantas, tais como: respiração, fotossíntese, síntese de ácidos nucléicos e absorção de íons, bem como melhoram a capacidade de absorção de nutrientes pelas raízes.

Também, sabe-se que a aplicação de fertilizantes organominerais fornece macro e micronutrientes, que por sua vez são fundamentais para o bom desenvolvimento das plantas. Dentre os macronutrientes, pode-se destacar o nitrogênio e o magnésio, que são componentes da clorofila.

A clorofila, de maneira resumida, absorve energia luminosa e transfere para sítios definidos, chamados centros de reação, sendo assim um processo fundamental para a realização da fotossíntese.

Essa matéria completa você encontra na edição de maio 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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