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Praga invasora resiste a inseticidas

Estudo desenvolvido no PPG Entomologia da Esalq alerta para a resistência da praga invasora a inseticidas no Brasil

Crédito Gerhard Waller

Originária do Velho Mundo, a Helicoverpaarmigera é uma praga que foi reportada no Brasil em 2013, quando causou danos severos e perdas econômicas em torno de US$ 2 bilhões nas lavouras de soja e algodão.

Considerando este cenário, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) elaborou uma lista com a recomendação de produtos para uso emergencial de controle da praga invasora. “Entre os produtos recomendados estavam alguns inseticidas pertencentes ao grupo dos piretroides, incluindo misturas“, conta a engenheira agrônoma Mariana Durigan, autora de uma tese que faz um alerta ao setor. “Foram relatadas falhas no controle de H. armigera com esse grupo de inseticidas em diversas regiões produtoras do Brasil“.

O estudo de Mariana foi desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Entomologia, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz“ (Esalq/USP). O objetivo foi caracterizar a suscetibilidade e investigar os mecanismos de resistência dessa espécie a inseticidas que atuam nos canais de sódio, piretroides e oxadiazinas.

 

Programa

 

Com orientação do professor Celso Omoto, do departamento de Entomologia e Acarologia, a pesquisa sugere que deve ser realizada a implementação de um programa de manejo da resistência de H. armigera a inseticidas no Brasil para garantir a vida útil e a eficácia dos inseticidas no campo.

Segundo Mariana, a resistência de H. armigera a piretroides já havia sido reportada em alta frequência nos países de ocorrência dessa praga, como Austrália, China, Índia e Paquistão. “Considerando que a resistência é um caráter genético e hereditário, nós enxergamos a hipótese de que os indivíduos que deram origem às populações de H. armigera no Brasil possuíam genes que conferem resistência a piretroides, o que explicaria as falhas de controle observadas em campo“.

No caso dos piretroides, a frequência de resistência é altíssima. “Detectou-se em todos os indivíduos a presença da subfamília do gene P450 CYP337B3, que confere resistência a piretroides em H. armigera. Outro traço mapeado foi o caráter dominante da resistência. Nesse caso, a evolução da resistência ocorre de forma mais rápida em uma população de pragas e resulta em falhas de controle no campo“.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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