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Fosfito é arma poderosa contra cercóspora e ferrugem

Luís Paulo Benetti Mantoan

Doutorando em Ciências Biológicas/Fisiologia Vegetal – UNESP-Botucatu

Carla Verônica Corrêa

cvcorrea1509@gmail.com

Doutoranda em Agronomia/Fisiologia Vegetal e Metabolismo Mineral – UNESP-Botucatu

Crédito Solange Bonaldo

Os prejuízos dados pela cercóspora e ferrugem refletem diretamente na produtividade da soja. Ambas são doenças foliares que diminuem a área foliar, devido à presença de lesões, e causam queda precoce das folhas. Assim, há redução da área foliar destinada à fotossíntese e, dessa forma, redução da produção.

São várias as culturas atacadas por essas doenças fúngicas, sendo que são capazes de infectar desde olerícolas até as grandes culturas, como soja, milho, cana, algodão, café e feijão.

O fosfito

Sintomas da ferrugem asiática em soja – Crédito Cláudia Godoy

Os fosfitos são compostos originados a partir do fosfato reduzido. São encontrados comercialmente na forma de fosfitos de potássio, fosfito de cálcio, fosfito de sódio e fosfito de amônio. Em geral, os fosfitos têm apresentado resultados promissores, tanto na nutrição como na fitossanidade das culturas. Além de apresentarem-se como eficazes no controle de muitas doenças, são absorvidos de forma mais fácil que os fosfatos pelos tecidos foliares.

Contra a cercóspora e ferrugem

Sintomas da cercóspora em soja – Crédito Luize Hess

A cercóspora e a ferrugem trazem perdas altamente significativas em diversas espécies cultivadas. A baixa rotação de princípios ativos de fungicidas, proporcionados muitas vezes pela quantidade limitada de fungicidas disponíveis com diferentes modos de ação para controle de doenças fúngicas, associado às populações de fungos com resistência, resultam em dificuldades na aplicação de estratégias de manejo de resistência, como a rotação de produtos com diferentes modos de ação.

Dessa forma, não é incomum encontrar relatos de baixa eficiência de controle dessas doenças, resultando em altos custos de produção e queda significativa de produtividade.

São vários os produtos fúngicos recomendados para o controle da cercóspora e da ferrugem, como por exemplo, os pertencentes aos grupos dos triazóis, estrobilurinas e benzimidazóis.

Embora os fungicidas contribuam para o controle de doenças, seu uso intensivo vem proporcionando seleção de fungos menos sensíveis à ação desses fungicidas, ou até mesmo resistentes. Dessa forma, vem aumentando a procura por produtos alternativos que reduzam a incidência de fungos patogênicos nas culturas.

Os fosfitos estão ganhando destaque nesse contexto de produtos alternativos. Isso se deve ao fato de apresentarem propriedades capazes de promover a formação de substâncias naturais de defesa na planta, denominadas de fitoalexinas.

Assim, os fosfitos apresentam efeitos sobre a planta, aumentando sua capacidade natural de se proteger do ataque de fungos, bem como efeito de fungicida, atuando diretamente sobre o fungo.

Os fosfitos isolados, e em especial na combinação com fungicidas, podem auxiliar na redução de doenças causadas por fungos parasitas obrigatórios ou facultativos em várias plantas cultivadas. Outro aspecto importante do fosfito, que aumenta a resistência da planta ao ataque de doenças, é o fato de serem fontes de nutrientes para as plantas.

Como exemplo, o fosfito de potássio, além de fornecer o fósforo, também fornece potássio, pois ao proporcionar um suprimento balanceado de nutrientes as plantas tornam-se menos suscetíveis ao ataque de patógenos, além de favorecer o desenvolvimento e a produtividade das culturas.

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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