Rodrigo Vieira da Silva
Engenheiro agrônomo, doutor em Fitopatologia e professor do IF Goiano ” Campus Morrinhos
Brenda Ventura de Lima e Silva
Mestre em Fitopatologia e servidora do IF Goiano ” Campus Morrinhos
Na agricultura atual, em que a água disponível para a irrigação é cada vez mais escassa e o regime de chuvas inconstante, a tolerância das plantas à seca torna-se cada vez mais importante.
A água disponível no solo é um dos fatores limitantes ao desenvolvimento das plantas. Portanto, quando o potencial de água disponível no solo reduz abaixo do limite exigido pela planta, as raízes não conseguem mais absorver esta água em quantidade suficiente para atender às demandas da transpiração. Nesta faixa, diz-se que a cultura está com déficit hídrico. Como consequência, as plantas diminuem seu desenvolvimento, comprometendo a produtividade e, dependendo do nível de estresse hídrico, pode levar a planta à morte.
A água é fundamental nos processos fisiológicos, morfológicos, bioquímicos e moleculares nas plantas, sendo que a restrição hÃdrica pode afetar negativamente seu crescimento vegetativo e produtividade, comprometendo a integridade da membrana celular e a taxa de fotossíntese.
O estresse hídrico pode provocar modificações na planta, variando conforme a espécie, o estádio de desenvolvimento e a quantidade de água no solo. Quanto às modificações morfofisiológicas e bioquímicas, as alterações mais comuns são a redução da área foliar, o fechamento estomático, a inibição fotossintética, desestabilização de membranas e proteínas, aumento da produção de espécies reativas de oxigênio, necrose das folhas, abscisão foliar e crescimento do sistema radicular.
Culturas mais sensíveis à seca
De maneira geral, a redução da disponibilidade hÃdrica no solo afeta diretamente a produtividade de todas as espécies de plantas, principalmente as hortaliças, mas também as grandes culturas, a exemplo da soja, feijão e milho.
Em casos severos de déficit hídrico pode ocorrer até mesmo a senescência completa e morte das plantas. Estudos realizados por diversos pesquisadores demonstraram que as plantas do grupo das monocotiledôneas, como o milho, sorgo, arroz e cana-de-açúcar, possuem maior capacidade de absorver e acumular Si em seus tecidos. Deste modo, são mais beneficiadas pela formação da dupla camada de sÃlica na parede celular.
Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.