Autores
Roberlei Domingues Junior
Analista de Implantação de Projetos na Solinftec
roberlei.domingues@solinftec.com.br
Gustavo Henrique Cafisso
Bacharel em Agronomia
gustavo_cs0@hotmail.com
Produtores agrícolas já podem ter, em tempo real, o mapeamento das condições meteorológicas, de temperatura, precipitação de chuvas, velocidade dos ventos e umidade relativa do ar de um determinado talhão ou gleba da plantação. Isso é possível graças a uma estação meteorológica que possui sensores integrados de alta performance para a coleta de dados, os quais são enviados para uma plataforma e podem ser consultados a qualquer hora por meio de um dispositivo móvel, independentemente da qualidade do sinal de celular.
Por meio de uma rede de comunicação própria que funciona como um “Wi-Fi” no campo, os dados coletados pelos sensores embarcados nas estações meteorológicas são transmitidos de forma remota para uma inteligência central, sendo possível obter informações de forma rápida e atualizada.
O clima afeta uma série de aspectos fisiológicos da planta, principalmente a fotossíntese, que gera a energia necessária para a produção final. Hoje, esta tecnologia está presente no mercado sucroenergético, de grãos, fibras e perenes, sendo as principais culturas a cana-de-açúcar, a soja, o milho, o algodão, a laranja e o café.
Condição determinante
O clima é um fator de extrema importância na produtividade agrícola, pois é ele que define o balanço hídrico, que nada mais é que a quantidade de água disponível no solo para que as plantas absorvam. Com isso, o sistema gera insights para o agricultor em tempo real, mostrando-o por onde deve ser iniciado o plantio, qual o risco de realizar uma pulverização, o desenvolvimento da lavoura, das pragas e doenças, ou seja, tomadas de decisões mais ágeis e assertivas.
No computador de bordo embarcado em um pulverizador é possível configurar parâmetros que geram alarmes quando a máquina estiver trabalhando fora das condições favoráveis. Isso é possível pois as máquinas recebem as informações climáticas enviadas das estações por meio da inteligência central.
Um exemplo prático é estabelecer que o equipamento trabalhe apenas quando a velocidade do vento for inferior a 15 km/h, assim um alarme será soado na máquina e na inteligência central quando a velocidade do vento for superior a este valor definido, significando que o operador não deve trabalhar para que não haja perda de insumo, otimizando a operação.
Acertos que fazem a diferença
Para fazer o uso da estação é necessário fazer a instalação e configuração dos sensores de folha molhada, chuva, umidade do solo, velocidade e direção do vento e radiação solar, além da torre para recebimento e envio dos dados. O manuseio se dá pelo acompanhamento dos dados em uma plataforma online, onde os dados são gerados em tempo real.
Caso os dados não sejam gerados, pode ser problema de comunicação entre a estação e a torre ou problema na própria estação, como carga de bateria, por exemplo. A solução não é composta apenas pelo monitoramento climático, mas também pelo monitoramento de máquinas agrícolas, rede de comunicação própria, inteligência artificial, entre outros fatores que interferem no custo.
O monitoramento agrometeorológico é a melhor saída para as tomadas de decisão mais assertivas.