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Tratamento de sementes é fundamental para as culturas de milho e soja

Autores

Daniela Andrade
Mestre em Fitotecnia e Especialista em Planejamento Agrícola
daniela.andrade@attosementes.com.br
Gustavo Henrique Cafisso
Bacharel em Agronomia
gustavo_cs0@hotmail.com
Crédito: Daniela Andrade

Quando o objetivo do produtor é ter uma lavoura vigorosa e produtiva, a semente é um insumo essencial, e sua qualidade não pode deixar a desejar. Um manejo essencial é o tratamento das sementes, que protege a semente durante o período de germinação e emergência contra pragas e patógenos do solo e do ambiente, um quesito de grande importância no desenvolvimento de plantas vigorosas e sadias.

Frente à ameaça de pragas e doenças, o cancro da haste da soja, do mofo-branco do feijão e da soja, de fusarioses de um grande número de espécies, de antracnose, das podridões do colmo em milho, da ramulose do algodoeiro, de bacterioses e viroses de olerícolas são exemplos suficientes para indicar a dimensão do risco que se corre pela omissão do controle da qualidade sanitária das sementes.

Entenda melhor

O tratamento de sementes é a prática fitossanitária mais eficiente nos cultivos de soja e milho que auxilia na eliminação e/ou na redução na pressão de pragas e doenças em sementes e plântulas. E ainda pode impedir a entrada do patógeno em áreas isentas, favorecer a emergência mais uniforme das plântulas e evitar a necessidade de replantio.

Estudos apontam que cerca de 95% das áreas de soja e milho são cultivadas com sementes tratadas, pois produtores já entendem a necessidade do tratamento e não querem correr o risco de perder a lavoura por causa de um processo de ótimo custo-benefício.

Opções

Tanto na soja como no milho os tratamentos são bem similares. Os grupos mais comuns são fungicidas e inseticidas, mas é comum encontrar inoculantes, nematicidas, bioestimulantes enraizadores, fertilizantes à base de Co-Mo e Zn que auxiliam no arranque inicial de plântulas e polímeros para a proteção destes tratamentos.

O processo de tratamento pode ser feito na empresa responsável pela produção das sementes, via Tratamento Industrial de Sementes (TSI), em que são utilizados equipamentos de última geração, os quais garantem exatidão na dose dos produtos, melhor recobrimento e melhor distribuição do blend por semente.

Este tratamento pode também ser realizado pelo próprio agricultor em sua propriedade, porém, na maioria das vezes os equipamentos utilizados não garantem o mesmo resultado do TSI, ficando sementes sem o tratamento e outras com superdose dos produtos, o que pode gerar uma fitotoxidez na plântula emergida dessa semente.

Industrial ou na fazenda?

O Tratamento de Sementes Industrial é mais eficiente e seguro se comparado com realizado na fazenda. O TSI é feito por profissionais treinados, respeitando as doses dos produtos, com fino processo de regulagens das máquinas, e assim minimizando danos mecânicos que podem ser provocados pelas máquinas.

Uma boa regulagem também propicia uma distribuição uniforme do produto na semente, sem contar a comodidade e rentabilidade no final do processo.

Quando se realiza o tratamento de semente, no desenvolvimento inicial das plântulas tende a se fazer menor número de controle de pragas, visto que o TS tem efeito residual, podendo ficar até 15 dias após a emergência em proteção.

Na operação de plantio, se for com semente tratada, deve-se lembrar que o tratamento em si, por conter produtos com variadas classes toxicológicas, deve-se manter todos os cuidados relativos à segurança do trabalhador como acontece em uma aplicação de defensivos.

Em praticamente todo o território agricultável nacional temos problemas de doenças e pragas de solo, consequentemente, o tratamento de sementes é imprescindível para aqueles que querem colher bons resultados.

Custo

O custo do TSI varia entre 0,5 a 3% do total da lavoura de soja e milho. Realizando uma análise de viabilidade, afirma-se que é baixo o custo para não correr o risco de perder o potencial da semente. Mas, se feita de maneira inapropriada, reflete diretamente no desenvolvimento, qualidade, produtividade e rentabilidade do plantio.

Estudos realizados pela Embrapa apontam que, no caso da soja, “a ressemeadura, no Sistema Convencional (SC), acarretará um prejuízo ao produtor de US$ 42.89/ha, o que representa 11,34% a mais no custo de produção. No Sistema Plantio Direto (SPD), este prejuízo é ainda maior, cerca de US$ 61,96, ou 17,93% a mais no custo de produção. Para o milho, estes valores são também significativos, representando um gasto adicional por hectare de US$ 35,72 no SC (8,25% a mais no custo de produção) e de US$ 55,86 ou 13,36% a mais no custo de produção para o SPD”.

“A importância dessa tecnologia que, em vista da baixa relação custo/benefício, proporciona inegáveis vantagens para o agricultor e para a economia do País é um ‘seguro barato’ feito no início de implantação de sua lavoura”, afirmam pesquisadores da Embrapa.

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