No acumulado de janeiro a dezembro de 2020, o setor de amendoim in natura apresentou resultado positivo em sua balança comercial. Dados da ComexStat, organizados pela ABICAB, mostram um resultado superavitário de US$ 314,4 milhões. O valor representa um crescimento de 38% em relação a 2019 (US$ 227,7). Ao todo, foram exportadas 259 mil toneladas de amendoim in natura, um aumento de 31% na comparação com o ano anterior.
De acordo com o vice-presidente da ABICAB, Renato Fechino, esses resultados mostram que a confiança do mercado internacional no produto brasileiro, que sempre se destacou pela sua qualidade, cresceu mesmo em um período de crise. “Durante este ano atípico, a pandemia do coronavírus teve um impacto significativo em todos os setores, mas, ainda assim, o setor de amendoim conseguiu aumentar as exportações”, conta.
Tratando-se do mercado de amendoim processado, foram exportadas 5 mil toneladas, correspondendo a um valor de US$ 9,8 milhões, o que representa uma retração de 12% em comparação à 2019.
Ao todo, em 2020, o Brasil exportou amendoim in natura e processados para mais de 79 países. Vale ressaltar que em 2019, o Brasil fechou o ano como o 14º maior produtor de Amendoim in natura do mundo segundo a USDA e vem aumentando sua capacidade de produção ano a ano.
“Este resultado positivo até dezembro do ano passado está de acordo com o previsto pelo setor após o final da colheita da safra 2019/2020. Além disso, houve um crescimento na área total plantada em comparação com a safra anterior superando 200 mil hectares.”, ressalta Fechino. Os dados são do Instituto Agronômico (IAC), do governo do Estado de São Paulo. O aumento da área plantada assegurou o atendimento de demanda crescente no país e nos seus principais mercados no exterior.
Sobre a ABICAB
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas – ABICAB foi fundada em 1957 e representa os principais fabricantes do país junto às esferas pública e privada, no Brasil.
A indústria brasileira nestes setores fatura cerca de R$ 28 bilhões e gera mais de 37 mil empregos diretos. A entidade, que representa atualmente 92% do mercado de chocolates, 93% do mercado de balas e confeitos e 62% do mercado de amendoim, tem como objetivo central desenvolver, proteger e promover as indústrias associadas, estimulando ações para o fomento dos mercados interno e externo nestes setores, bem como o consumo responsável dos produtos