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quarta-feira, maio 1, 2024
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Irrigação

Ronaldo Souza Resende ronaldo.resende@embrapa.br

Júlio Roberto Araújo de Amorim julio.amorim@embrapa.br

Engenheiros agrônomos e pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros

Coco – Crédito Shutterstock

A ocorrência de precipitações anuais abaixo das necessidades hídricas da cultura ou mal distribuídas é uma das principiais causas de redução da produtividade do coqueiro-anão. Embora o coqueiro possa sobreviver a longos períodos de seca, o déficit hídrico pode provocar redução no crescimento da planta pela diminuição na emissão de folhas e do tamanho destas; a queda prematura de folhas; retardamento do início da fase de produção; diminuição do número de flores femininas; queda de flores e frutos imaturos e redução de tamanho daqueles que chegam a amadurecer.

O coqueiro-anão pode ser irrigado satisfatoriamente utilizando-se sistemas de irrigação por superfície (sulcos, faixas, etc.) ou pressurizados (aspersão convencional ou subcopa, microaspersão e gotejamento).

A preferência é pelos sistemas de microaspersão e gotejamento, em virtude da redução de custos com mão de obra, da maior eficiência na aplicação de água e fertilizantes (fertirrigação) e da facilidade de automação, que possibilita a irrigação noturna, com tarifas de energia reduzidas.

Na microaspersão, normalmente, utiliza-se de um a dois microaspersores por planta, com vazão, que varia de 40 a 70 l/h e no gotejamento, quatro a oito gotejadores por planta adulta, dispostos em faixa contínua ou em círculo ao redor da planta. Em cultivos não consorciados, a área molhada deve ser ajustada de acordo com o desenvolvimento do sistema radicular do coqueiro, visando aumentar a eficiência de uso da água na irrigação.

Necessidades hídricas

As variedades de coqueiro-anão apresentam maior taxa de transpiração e, consequentemente, maior exigência hídrica em relação às variedades de coqueiro-Gigante. As necessidades hídricas do coqueiro-anão variam com o clima, a área foliar e a altura da planta, a área molhada pelo sistema de irrigação, o tipo de solo, o teor de umidade do solo, a frequência das irrigações, o estado nutricional e fitossanitário da planta, etc.

Para o cálculo da evapotranspiração de cultura (ETc) do coqueiro-anão em áreas sob irrigação por microaspersão ou gotejamento podem ser utilizados os valores de coeficiente de cultura (Kc), relação entre a ETc e a evapotranspiração de referência (ETo).

Para definir as recomendações de volumes de água aplicados na irrigação do coqueiro-anão, deve-se considerar os diâmetros molhados dos emissores utilizados, bem como ser calculados valores de ETc (ETc = ETo x Kc) específicos para o local. O turno de rega dependerá da capacidade de retenção de água do solo, da porcentagem de área molhada pelos emissores e da ETc. Para cultivos de coqueiro irrigados por microaspersão e gotejamento, o turno de rega pode variar de um dia para solos arenosos a três dias para solos argilosos.

Monitoramento da umidade do solo

O monitoramento da umidade ou da tensão da água do solo é recomendável como forma de ajuste do manejo de irrigação do coqueiro-anão às condições do local de cultivo

No caso do coqueiro-anão, os tensiômetros devem ser instalados em pelo menos três locais diferentes dentro do plantio e em duas profundidades em cada local. As leituras dos tensiômetros devem ser realizadas preferencialmente pela manhã.

A tensão da água do solo entre as irrigações deve ser mantida entre 8 e 25 kPa em solos arenosos, e entre 25 e 50 kPa em solos argilosos. Leituras mais baixas que os valores mínimos citados indicam a necessidade de diminuir a quantidade de água aplicada. Leituras acima da faixa ideal indicam que a quantidade de água da irrigação deve ser aumentada e/ou as irrigações devem ser mais frequentes.

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