17.8 C
Uberlândia
segunda-feira, novembro 25, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioNotíciasOs desafios para implementação do 5G no agronegócio

Os desafios para implementação do 5G no agronegócio

Jeferson D’Addario
CEO do Grupo DARYUS, professor coordenador do MBA em Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação (GTSI), do MBA em Gestão de Risco e Continuidade de Negócios (GRCN) do Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista (IDESP) e consultor sênior em Continuidade de Negócios e Gestão de Riscos.

Segundo a IDC Brasil (International Data Corporation), o 5G deve gerar investimentos de US$ 25,5 bilhões até 2025 no mercado brasileiro. Inteligência artificial, internet das coisas (IoT), computação em nuvem (cloud), big data e cibersegurança estão entre as áreas que serão beneficiadas com a chegada do 5G no Brasil. De acordo com o estudo, as companhias brasileiras investirão cerca de US$ 1,6 bilhão somente em serviços de cibersegurança, alta de 17,6% em relação a 2021. Porém, não é tão simples assim! Para a implementação efetiva do 5G, é necessário mais tempo do que se imagina.

No Brasil, existem muitas questões burocráticas de autorizações, impostos excessivos e um grande problema de infraestrutura. Sem falar da falta de mão de obra qualificada para implementar, ensinar ou proteger, já que temos uma desigualdade educacional e um país continental.

O 5G é a melhor solução para o agronegócio brasileiro?

Na década de 80 e 90, os negócios precisaram ser transformados com o uso em redes de computadores e começamos a diminuir as fronteiras sociais e comerciais com as BBS e provedores de internet. O agronegócio brasileiro, que é referência, não ficou para trás, e logo se transformou acompanhando aquele momento mundial.

Prometendo uma velocidade de rede 100 vezes maior, a tecnologia 5G traz inúmeras oportunidades para diversas áreas. O relatório publicado em 2020, pelo Fórum Econômico Mundial, com o nome de Future Series: Cybersecurity, emerging technology and systemic risk – INSIGHT REPORT, em parceria com a Universidade de Oxford, apresentou dados e informações que estimam em US$ 13,2 trilhões o potencial econômico do 5G até 2035.

Com a chegada da tecnologia, o agronegócio brasileiro, imprescindível para o PIB brasileiro, ajudará a aumentar a competitividade em relação a outros países mais desenvolvidos e reduzir custos operacionais, podendo ser um dos mais beneficiados. O 5G e uma infraestrutura segura permitirão mais tecnologia e produtividade para os grandes produtores e empresas do setor.

Esta infraestrutura tecnológica permitirá o avanço no uso de dispositivos inovadores, como por exemplo: drones, automação de veículos e propriedades, novas telemetrias e monitoramentos. Além disso, poderemos ter startups explorando o 5G com geomapeamento de terras com IoT, inteligência artificial e robôs numa escala jamais vista. Portanto, o agro brasileiro, que já é uma referência no mundo, poderá escalar e melhorar a competitividade em vários fatores, possibilitando também aos pesquisadores, agrônomos e institutos um melhor aproveitamento e conhecimento.

Vale ressaltar ainda que o 5G é um recurso de infraestrutura tecnológica e de comunicação que possibilitará um avanço na transformação digital para o agro. Acredito que ajudará no controle da qualidade e produtividade do setor. A tecnologia associada a ciência e pesquisa, poderá auxiliar no desenvolvimento de negócios e startups do segmento nos próximos anos.

Destaco ainda que tecnologias como 5G, internet das coisas, inteligência artificial e robotização terão um grande apelo de sustentabilidade, o que é importante para fundos de investimento que levam em conta o ESG (Environmental, Social and Governance), e isto para o agronegócio brasileiro, pode ser diferencial competitivo e mais lucro a médio e longo prazo.

5G, cibersegurança e agronegócio

Mas devemos ter um ponto de atenção: os alvos clássicos dos cibercriminosos em todos os países são as infraestruturas críticas, ou seja, setores de telecomunicações, financeiro, saúde, transporte, produção de alimentos, energia e governo. É possível notar que qualquer nova tecnologia com potencial de negócios, na casa de bilhões de dólares, é tão atraente para os empresários como é para os cibercriminosos. O 5G é uma novidade e, como acontece com toda nova tecnologia, hackers trabalham para criar golpes e obterem informações e dados. Como já dizia Clive Humby: “dados são o novo petróleo“.

Com isso, o agronegócio e tudo relacionado a ele são potencial alvos para cibercriminosos, e quanto antes começarem a investir em cibersegurança e gestão de segurança da informação e da privacidade, melhor preparados estarão para implementação do 5G. Atualmente, os investimentos ainda são pequenos comparados com a riqueza gerada por este segmento no Brasil. Nesse sentido, a área de cibersegurança precisará de mais recursos para contribuir com a segurança digital do agronegócio.

ARTIGOS RELACIONADOS

Startup de tecnologia para agronegócio faz balanço de 2020

Em um ano atípico, onde a pandemia do Covid-19 assolou diversos setores do mercado mundial, existem as empresas que conseguiram atingir resultados bastante significativos.

Chega ao Brasil antena que capta sinal de 4G/5G em até 25 quilômetros na versão terrestre

O Brasil passa a ter um reforço no sinal de internet com a chegada da antena RouDem (FWA) ao país. Combinação de antena outdoor...

Painéis elétricos inteligentes otimizam custos do agronegócio

Consumo fica menos oneroso e impacta a produtividade e o rendimento do negócio.

Tecnologias para o agronegócio

A inovação tecnológica na agricultura tem que ser respaldada por resultados científicos de pesquisas, sendo apoiada pelos especialistas e consultores do agronegócio.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!