O agronegócio tem um importante papel na economia brasileira e assim como os demais setores, está a cada dia mais inserido no universo tecnológico, já atuando com agricultura automatizada, drones de irrigação, robôs para semeadura e capina, ferramenta para a análise e monitoramento, entre outras. Porém, se por um lado a tecnologia traz inúmeras facilidades, por outro, oferece riscos. De acordo com o relatório do Ponemon Institute, que realiza pesquisas independentes sobre proteção de dados e tecnologias de informação, 80% das empresas globais correm o risco de sofrerem uma violação de dados este ano.
Assim, companhias do setor precisam se proteger para evitar prejuízos financeiros com a perda e/ou roubo de informações importantes. Os ataques de hackers podem fazer com que os negócios tenham que congelar as atividades, o que é um problema, visto que existem períodos mais adequados para plantar, colher, entre outras. Neste cenário, os impactos podem chegar até à população, ocorrendo falta de alimentos, por exemplo.
Levando em consideração este cenário, Armindo Sgorlon, CEO da SGA TI em Nuvem, empresa especializada em soluções de tecnologia em nuvem, modernização de dados e cibersegurança, listou dicas para que empresas do segmento de agronegócio se protejam de ataques cibernéticos.
Tecnologia em nuvem e autenticação multifatorial: O cloud computing com configurações de backup e o mecanismo de resposta Disaster Recovery, é uma ferramenta que garante que as informações não sejam perdidas para sempre, podendo recuperar dados essenciais para o funcionamento dos negócios. Além disso, quando associado à autenticação multifatorial, ou seja, processo que o usuário precisa provar quem é para acessar a nuvem, companhias têm mais segurança.
“A tecnologia em nuvem é imprescindível para os negócios, já que vivemos em um mundo onde dados são tão valiosos. Pessoas mal-intencionadas já são barradas na medida em que não conseguem invadir sistemas apenas com uma palavra-chave roubada”, explica o CEO da SGA TI em Nuvem.
Profissionais de TI qualificados: Segundo Sgorlon, contratar especialistas que estejam sempre antenados aos movimentos tecnológicos e que saibam criar um plano de recuperação de desastres, é primordial. “Profissionais qualificados criam um planejamento detalhado onde tem as ações a serem tomadas antes, durante e depois de um ataque caso este aconteça. A organização e atenção por parte dos atuantes da área de TI, permite que problemas sejam rapidamente solucionados, o que no caso do setor de agronegócio, é ainda mais essencial, visto que tempo é ouro”, afirma.
Controle de acesso: A criação de uma hierarquia para o acesso aos dados é outra ação que garante mais segurança. “Quando informações fundamentais ficam facilmente disponíveis para todos os colaboradores, as chances de ataques são maiores. Por isso, é importante que as companhias organizem o que cada pessoa pode acessar dentro dos sistemas”, diz o CEO da SGA TI em Nuvem. Política interna: Para Sgorlon, uma comunicação clara dentro de uma empresa é essencial, já que deixa os colaboradores atentos. “Quando os procedimentos internos são de conhecimento geral, ataques são neutralizados. Como exemplo, se todos souberem que o CEO nunca irá pedir dados sobre colheitas por e-mail, as chances de alguém cair neste golpe, são mínimas. Também é sempre importante reforçar com as pessoas a importância de não entrarem em sites ou acessarem links suspeitos, bem como baixarem conteúdos de locais que não são confiáveis”, finaliza.