Para demonstração dos híbridos de milho e discutir sobre o manejo integrado de doenças do milho, a Primaiz Sementes promoveu o 1º Show Room nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
De acordo com Marcio Augusto Vilela Rezende, consultor em Melhoramento Genético da Primaiz Sementes, o licenciamento e introdução dos principais “traits” de biotecnologia no pipeline/portfólio de híbridos é a “pedra fundamental” para o retorno da Primaiz ao mercado de sementes, permitindo aos agricultores usufruírem de uma genética forte e adaptada aos ambientes das principais regiões produtoras de milho no Brasil.
Fortalezas do programa de melhoramento genético de milho
- Genética própria, desenvolvida e adaptada às condições de cultivo nos ambientes tropicais;
- Base física (estação de pesquisa) em Uberlândia (MG), ambiente típico do Cerrado Brasileiro, permitindo o desenvolvimento de híbridos adaptados às condições de cultivo da Safrinha e do Verão no Brasil Central;
- Estrutura e capacitação técnica para introdução e governança dos “traits” de biotecnologia no pipeline de híbridos, garantindo a “Stewardship” (Gestão Responsável) dos produtos no mercado;
- Programa de melhoramento genético reorganizado, contemplando a redefinição da rede de ensaios, com decisões “data-driven” para aumentar a efetividade do pipeline de híbridos;
- Estrutura própria e “expertise” para produção de sementes com equipamentos modernos e as mais recentes tecnologias de beneficiamento e TSI, garantindo a qualidade das sementes e preservando o potencial genético dos híbridos.
- Desenvolvimento de híbridos que propiciam o melhor custo/benefício nos mercados de alto investimento (híbridos simples) e médio investimento (híbridos simples modificados e triplos). Foco nas características primárias que garantem boa performance no mercado alvo: produtividade, “standability”, maturidade adequada e tolerância às principais doenças, com destaque especial para a alta resistência ao complexo de enfezamentos que têm as cigarrinhas como vetor.
- Estrutura própria e “expertise” para produção de sementes com equipamentos modernos e as mais recentes tecnologias de beneficiamento e TSI, garantindo a qualidade das sementes e preservando o potencial genético dos híbridos.
O problema da cigarrinha
A cigarrinha do milho Dalbulus maidis, nos últimos oito anos vem apresentando um comportamento diferente do que normalmente até então vinha mostrando, em que sua população aumentava nos plantios de safrinha e hoje se mantém em altas populações praticamente o ano todo onde se cultiva milho.
O que não ocorria antes, hoje a formação de fumagina devido a sua alimentação é abundante e em grande severidade, causando drástica redução na área foliar fotossintética, e consequentemente na produtividade do milho.
De acordo com Ivan Carvalho Resende, Consultor da Primaiz Sementes, esta cigarrinha é o vetor dos microrganismos chamados de molicutes, uma classe de bactéria conhecida como Corn Stunt Spiroplasma (enfezamento amarelo ou pálido) e Maize Bushy Stunt Phytoplasma (enfezamento vermelho) e do MRFV (vírus do rayado fino ou risca do milho), patógenos que causam as doenças conhecidas como enfezamentos do milho.
Essas doenças sistêmicas são de alta complexidade e de alto poder destrutivo da produtividade do milho, pois cada planta infectada, dependendo do grau de suscetibilidade do híbrido e da fase fenológica do milho em que a cigarrinha os transmite, se torna estéril e a produção da mesma é praticamente zero.
Alerta
A cigarrinha do milho apresenta grande dispersão na natureza, e se move a muitos quilômetros de distância, além de apresentar difícil controle químico, mas um certo manejo da cigarrinha é necessário para mitigar a formação de fumagina.
No manejo integrado desta doença, a genética do híbrido em termos de resistência ou tolerância passa a ter um papel preponderante para a estabilidade de produção do milho em qualquer condição edafoclimática.
Esta doença já era de ocorrência na safrinha do Brasil desde o início da década de 1980, mas hoje se tornou altamente importante em qualquer época que se planta milho no Brasil. Lembremos que no Brasil temos a presença da famosa ponte verde o ano inteiro, se considerarmos os plantios de milho para produção de grãos no verão e na safrinha, a produção de sementes híbridas comerciais também nas duas safras, a produção de milho verde e pamonha, a produção de milho doce e pipoca, a produção para silagem, os plantios de milho nos lotes vagos e nos quintais das casas dentro das cidades, bem como plantas tigueras e as plantas vegetando ao longo das rodovias e estradas pelo Brasil, oriundas da caída de grãos dos caminhões que os transportam. “Com isso posto, verificamos a grande problemática neste complexo cigarrinha e enfezamentos no milho”, alerta Ivan Resende.
Com a temperalização dos híbridos brasileiros visando o aumento de produtividade, este problema já era esperado, mas é de suma importância termos programas de melhoramento estruturados para uma base genética que contemple produtividade com resistência ou tolerância, aliado à rusticidade e estabilidade de produção para enfrentar este grande desafio dos enfezamentos e de outras doenças em milho.
A Primaiz Sementes se propôs a isso e mostra resultados com seu programa de melhoramento para trazer resultados promissores e atuais para esses desafios da cultura do milho.