Raças puras aceleram o crescimento da suinocultura moderna

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Divulgação

Segundo o relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2021 o valor bruto da produção suína no Brasil foi de R$ 31,3 bilhões, saltando de 3,2 milhões de toneladas em 2010 para 4,7 mi/ton em 2021. O consumo per capita da proteína suína também avançou no mesmo período, saindo de 14,1 kg/hab/ano para 16,7 kg/hab/ano. Essa evolução se atribui à grande revolução que a suinocultura vem passando ao longo das últimas décadas.

Com um mercado consumidor mais exigente, as empresas envolvidas em todos os elos dessa cadeia tiveram que se adaptar. Isso porque, historicamente o porco tinha uma grande importância para a produção de gordura, antes das margarinas e óleos vegetais tomarem este espaço no mercado. Quanto mais gordura, pior a conversão alimentar e pior a velocidade de ganho de peso. Ao mesmo tempo, o consumidor passou a enxergar a gordura como um vilão na alimentação e foi então buscar o porco light.

Com o objetivo de se diferenciar do mercado com genética de linhagens puras, a Topgen, de Jaguariaíva/PR, desde a década de 80 optou em se dedicar exclusivamente ao melhoramento das matrizes, enquanto muitos de seus pares focaram na seleção de linhagens macho. Segundo Beate von Staa, proprietária da Topgen, os machos geralmente acabam sendo um “blend” de cruzamentos, visando redução de gordura e os principais indicadores de desempenho, a velocidade de crescimento e a conversão alimentar.

Com o foco na produção de boas matrizes, a Topgen se estruturou para ser autossustentável e vai além da criteriosa seleção genética. A marca, localizada em uma área de aproximadamente 570 hectares, conta com uma granja núcleo, que abriga as bisavós das raças puras Large White e Landrace (150 matrizes). Nela também há a central de inseminação artificial (por muitos denominada de central de genética líquida), local também onde é utilizado o sêmen congelado importado.

Já a granja multiplicadora conta com 650 matrizes que multiplicam a genética da granja núcleo e entrega ao cliente o seu carro chefe, a Afrodite. A linhagem se destaca como a matriz comercial de melhor equilíbrio nas qualidades, por ser um animal rústico, com aparelho locomotor robusto que contribui para maior longevidade da fêmea e ainda conta com um aparelho mamário com bastante tetas viáveis e simetricamente posicionadas para atender uma grande quantidade de leitões nascidos.

No local, há ainda a fábrica de rações que abastece as granjas e o complexo de recepção e armazenagem. Lá, há uma moega, secador, sistema de limpeza e silos para armazenar até 2.500 toneladas de grãos. A produção própria de grãos está em torno de 100% incluindo áreas parceiras. “Cultivamos cerca de 400 ha no verão e no inverno aproximadamente 600 ha, o que garante as necessidades para alimentação o ano inteiro”, diz Beate.

A Topgen conta ainda com parceria com outra granja multiplicadora (500 matrizes) – fica a cerca de 15 km de sua sede estrutura. “Esta parceria funciona da seguinte forma: nós fornecemos as matrizes avós e compramos as leitoas fêmeas Afrodites deles, e eles compram nossos leitões machos, irmãos de nossas leitoas”, detalha.

Potencial produtivo

Beate von Staa, proprietária da Topgen

Com essa estrutura bem consolidada, a marca tem potencial para atender um plantel de aproximadamente 220 mil animais em um ano, isso equivale a cerca de 15% do mercado brasileiro. Com linhagens 100% adaptadas ao ambiente nacional (clima, instalações), plantel estabilizado e uniforme, a Topgen proporciona os diferenciais competitivos para o produtor, consumidor e frigorífico.

Para os produtores, o trabalho desenvolvido ao longo desses últimos anos pode garantir alta rentabilidade da granja (animais dóceis, rusticidade e longevidade, produtividade, e eficiência da progênie). Já o mercado consumidor tem a garantia de carne saborosa e gordura intramuscular em níveis ótimos (2%). Por sua vez, os frigoríficos têm a certeza de rendimento de carcaça e uniformidade. “A atualização genética através de importações, viemos fazendo ao longo dos anos, de países como Canadá, USA, Alemanha e mais recentemente Suíça”, cita Beate.

Para ficar ainda mais próximos dos seus clientes, a Topgen agora passa por um momento de modernização. Além de toda sua comunicação, site e redes sociais, também terão mais informações sobre o trabalho desenvolvido e ainda destacará todo o potencial da suinocultura brasileira. “O mercado muda constantemente e nós temos que acompanhar essa evolução, acessibilizando nossa genética para os clientes, ajudando tornar o nosso setor cada vez mais eficiente, sustentável e produtivo”, finaliza a proprietária da Topgen.

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