Influenza Equina, ou gripe equina, é uma das doenças respiratórias mais importantes na espécie, responsável por perdas econômicas significativas. De caráter altamente contagioso, o vírus da influenza (EIV) ataca o sistema respiratório dos equinos, asininos e muares, de todas as raças, sexo e idade, mas tem maior prevalência nos animais entre 1 e 3 anos. A Influenza Equina é uma doença endêmica em muitos países e é a principal causa de doença respiratória na população equina mundial.
“A severidade dos sintomas varia de acordo com a saúde dos animas acometidos, a virulência do agente, as condições ambientais e de manejo. De modo geral, os sintomas surgem de forma abrupta, com febre acima de 41ºC sendo o principal alerta e o primeiro a ser percebido. Os animais também podem apresentar apatia, tosse seca, corrimento nasal aquoso, anorexia e perda de peso, lacrimejamento e corrimento ocular”, conta Pollyana Braga, médica veterinária gerente da linha de Equinos da Ceva. “Os danos que o vírus promove no epitélio respiratório podem ser facilitadores de infecções bacterianas secundárias, sendo possível evoluir para broncopneumonia, pleuropneumonia ou adenite equina”.
Embora apresente uma taxa de mortalidade baixa para animais adultos, os potros que não possuem anticorpos maternos contra a influenza podem apresentar sinais graves de pneumonia viral e evoluir para óbito.
Estudos apontam que animais imunocomprometidos que se contaminam com o vírus da influenza equina estão predispostos a complicações como miosites, miocardites e encefalites, e animais que apresentam infecções recorrentes tem mais chance de desenvolver doenças pulmonares sérias, como Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE) e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
De acordo com o Instituto Biológico de São Paulo, o vírus do subtipo A Equi II (H3N8) sofre mutações em uma frequência maior e promove sintomas mais severos do que o subtipo A Equi I (H7N7). Desde 1980 não há novas confirmações de casos de influenza equina do subtipo A Equi I na Europa e nos Estados Unidos, porém o subtipo A Equi II tem sido relacionado a vários surtos de doenças respiratórias de equinos em todo o mundo, incluindo no Brasil. O vírus da Influenza Equina é endêmico na maioria dos países, e os surtos da doença causam impactos severos na indústria do cavalo, promovendo cancelamento de eventos e restrições de movimentações dos animais.
A doença pode ocorrer em qualquer época do ano, mas os surtos ocorrem com maior frequência no inverno e na primavera, e principalmente em épocas de provas, torneios e eventos que promovem grandes concentrações de animais, o que favorece surtos epidemiológicos. A transmissão do vírus ocorre através de aerossóis, secreções, água, alimentos contaminados e pelo contato direto entre os animais, tendo um período de incubação de 48h até a aparição dos primeiros sintomas.
O tratamento é de suporte, sintomático, prezando pelo isolamento do animal a fim de reduzir o risco de transmissão do vírus. “O trabalho e as outras atividades exercidas pelo equino devem permanecer suspensos, priorizando o repouso do equino e evitando estresses que possam agravar o quadro. É recomendável que o período de repouso seja de 1 semana para cada dia que o animal tenha apresentado febre, o que gera um impacto relevante na performance do cavalo. E o retorno para as atividades precisa ser gradual”, explica Pollyana.
A Federação Equestre Internacional (FEI) e a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), determinam como obrigatória a vacinação dos equinos atletas inscritos nas entidades como forma de proteger os animais e prevenir a transmissão do vírus.
“No Brasil, todos os equinos que participam de eventos onde possa ocorrer aglomeração de animais, como as exposições, leilões e atividades esportivas, precisam ser vacinados contra a Influenza Equina e apresentar o atestado de vacinação para a emissão do Guia de Transporte Animal (GTA). Mas é importante que a vacina seja aplicada em todos os animais do plantel, porque alguns animais podem atuar como fonte de transmissão do vírus e contaminar os que estão imunologicamente desprotegidos”, elucida.
As recomendações são para que a primeira dose da vacina contra a Influenza Equina ocorra aos 3 meses de idade, com uma segunda dose em intervalo de 28 dias, e reforço vacinal administrado dependendo do desafio ao qual o animal está exposto. “O ideal é que animais que participam ativamente de provas, campeonatos e exposições sejam vacinados, no mínimo, a cada 6 meses. As éguas prenhas também devem ser vacinadas no terço final de gestação a fim de se garantir a produção de colostro rico em anticorpos para os seus potros”, finaliza a médica veterinária.
A Ceva Saúde Animal traz em seu portfolio a Tri-Equi®, vacina polivalente que otimiza o protocolo de vacinação dos equinos, protegendo contra Influenza Equina tipos I e II, Encefalomielite Viral Equina (Leste e Oeste) e Tétano de uma só vez, indo além da saúde animal e trazendo praticidade para o campo.