O Sudeste do Brasil (São Paulo, Sul e Centro-Oeste de Minas) é uma das melhores regiões do mundo para cultivo do abacate, devido principalmente às suas características de solo. Esta é uma fruta que precisa de um solo bem drenado, relevos não muito planos, por causa das geadas.
As mudas
Uma boa muda deve ser feita em material inerte, livre de patógenos e ervas daninhas. Também deve ser aclimatada ao sol, e ter resposta rápida no campo. Além disso, o porta-enxerto deve ser compatível com a copa, o qual deve ser selecionado para produtividade.
Solo
Segundo Ronaldo Ferreira, engenheiro agrônomo e proprietário da Fazenda Campo de Ouro, o solo é o começo de tudo, ou seja, o início do planejamento. “Deve ser feita a análise química e física do solo, para verificar a viabilidade do cultivo de abacate. A correção nutricional deve visar elevar os teores de nutrientes ao máximo”, define.
O abacate é uma cultura exigente, e a longevidade do pomar dependerá muito do cuidado que o produtor dedicará ao pomar, na escolha do solo, em seu melhoramento, com as correções químicas e na parte física também.
Manejo nutricional
Sobre os fertilizantes, Ronaldo Ferreira diz que atualmente têm sido utilizadas pós de rochas ricas em potássio, silicatos de magnésio e também fosfatos naturais. “Além de mais econômico, esse pó de rocha oferece mais sustentabilidade ao processo, liberando nutrientes durante vários anos. Temos excelentes opções no mercado, mas o ideal é que sejam fosfatos de origem sedimentar”, recomenda.
O ideal é elevar o máximo possível a nutrição do solo, por meio da correção, mesmo que demore de dois a três anos, antes de plantar o abacate. “Temos casos de morte de pomares com oito a 10 anos, devido à correção mal feita do solo. Esta é uma etapa fundamental para o abacateiro”, ressalta o especialista.
Irrigação
Para o abacate tipo exportação, Ronaldo Ferreira recomenda a irrigação para alcançar melhor padrão de qualidade e melhor aproveitamento da colheita, ou seja, menos refugo.
Teto produtivo
A produtividade, dependendo do processo utilizado na produção, bem como solo, clima, variedade e condução, pode variar de 15 a 30 ton/ha, no caso do Hass, o Margarida de 20 a 60 ton/ha, Fortuna e Quintal de 15 a 25 ton/ha.