As vendas dos produtos do agronegócio brasileiro no mercado externo superaram as compras em 218 bilhões de reais, o valor é US$ 43,7 bilhões no acumulado do ano. Dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Apenas no mês de abril, o agronegócio foi responsável por US$ 14,9 bilhões de exportação, contribuindo para um superávit de US$ 13,6 bilhões no saldo da balança comercial do setor, apresentando crescimento de 15,2% frente ao mesmo mês de 2021. Já as importações totalizaram US$ 1,3 bilhão no mês, com alta de 11,7% na comparação interanual. A balança comercial total encerrou abril com saldo de US$ 8,1 bilhões.
Os “anos pandêmicos” demonstram uma queda no valor econômico das grandes empresas por conta da inflação. O país (Brasil) é o 4º com a maior inflação no mundo. Maior valor desde 2017, a taxa Selic subiu de 11,75% para 12,75% ao ano. Diferente do apresentado, o agronegócio segue aumentando. O valor de março, por exemplo, é 29,4% superior na comparação com o mesmo mês do ano passado.
“Embora o agronegócio esteja numa crescente, ainda deve acontecer a preocupação com a gestão dessas PMEs”, comenta Thiago Fossaluza, diretor de operações da Atto Exp Empresarial, que possui o setor Agro.
Crescimento real?
Embora o agronegócio brasileiro demonstre crescimento nos últimos meses, 30% de todas as empresas abertas decretam falência e acabam fechando em menos de 5 anos. Já 70% de todas as empresas nunca receberam nenhum tipo de gestão ou ajuda contábil e empresarial.
Entretanto, empresas com boas gestões obtêm muito mais chance de progredir no cenário econômico, movimentando o sistema brasileiro. Quase 90% das organizações que planejam suas ações através da gestão contábil se mantém no mercado por muito tempo.
“As PMEs precisam de direcionamento e planejamento. Na economia brasileira não dá só para apenas contar com a sorte. A nossa empresa, por exemplo, apresenta ao cliente qual a melhor para operar e qual os melhores investimentos,” diz Thiago.
O PIB brasileiro agregado do agronegócio em 2021 alcançou a participação de 27,4%, a maior desde 2004. A tendência para 2022 é que o valor seja um dos maiores já registrados.