A 23ª edição da Femagri – Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas, realizada de 20 a 22 de março, em Guaxupé, fechou acima das expectativas. A operação de barter foi destaque entre as modalidades disponíveis de negociação. Isso porque o cafeicultor priorizou travar seu café durante as negociações para aquisição de maquinários e insumos.
Promovida pela cooperativa cafeeira Cooxupé, a Femagri registrou, em três dias, a presença de 34,7 mil visitantes compradores e mais de 10 mil orçamentos.
Destaques
Neste ano, a feira trabalhou o tema “Cooperativismo: construindo o futuro sustentável das gerações” e reuniu 120 expositores, que apresentaram inovações para aprimorar os processos de gestão na propriedade.
A busca por tecnologias e novos conhecimentos dentro das premissas da sustentabilidade e da agenda ESG chamou a atenção dos cooperados e visitantes que viajaram de diferentes regiões de Minas Gerais e, também, do estado de São Paulo.
Além disso, a condição do mercado e as operações utilizando café como moeda de troca favoreceram as negociações no evento. Segundo o superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé, José Eduardo Santos Júnior, a movimentação na trava do café, por até cinco anos, superou as expectativas da cooperativa.
“Os resultados da feira mostram que os cooperados estão entendendo que a tecnologia na lavoura e nas propriedades agrícolas é um caminho sem volta e que a compra em troca de café traz segurança e não os deixam expostos às variações do mercado”, revelou o superintendente.
Os produtores
Cooperado de Botelhos (MG), José Maria Anunciação comprou uma máquina de varrição e fez a troca por café motivado pela atual conjuntura de mercado. “O preço, hoje, tem contribuído para a trava e nos tranquiliza para as próximas safras. Se não fosse essa oportunidade, com certeza seria mais difícil fazer qualquer aquisição, principalmente por conta dos contratempos que a gente enfrenta”, diz o produtor.
De Ibiraci (MG), o cooperado Ronei Gomes Cintra também reconheceu as vantagens da modalidade, por conceder liberdade para o cafeicultor fazer a negociação da maneira que achar mais interessante.
“Agradecemos a todas famílias cooperadas, nossos colaboradores e fornecedores pelos resultados conquistados em 2024. Recebemos a presença maciça dos nossos produtores, que tiveram a possibilidade de fazer suas compras e efetuar o pagamento com o seu café. O resultado foi surpreendente”, declarou o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo.