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Cecafé fortalece imagem do Brasil

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) vem destacando o impacto positivo dos resultados do estudo sobre a cafeicultura “carbono negativo” no Cerrado Mineiro para a imagem do grão brasileiro no mercado internacional.

A pesquisa revelou que a adoção de boas práticas na produção de café pode reter 10,5 toneladas de CO2 equivalente por hectare (t CO2eq/ha) no solo e nos cafezais, superando as emissões de carbono, o que ressalta a importância da cafeicultura sustentável do Brasil na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Além disso, Silvia Pizzol, diretora de Sustentabilidade do Cecafé, destacou que esses resultados ainda não consideram o benefício adicional da conservação ambiental nas propriedades cafeeiras brasileiras. As propriedades destinam uma parte significativa de sua área produtiva para a preservação da vegetação nativa, armazenando, em média, 183 t CO2eq para cada hectare de café cultivado na forma de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (APP).

Iniciativas para a expansão de práticas sustentáveis

Para incentivar a adoção de práticas sustentáveis em outras regiões cafeeiras do Brasil, o Cecafé desenvolveu uma pesquisa adicional focada na produção de café conilon no Espírito Santo.

Os resultados mostraram que, com a adoção de boas práticas, o balanço de emissões de gases de efeito estufa (GEE) também é negativo, variando de menos 3,01 t CO2eq/ha/ano a menos 8,24 t CO2eq/ha/ano, dependendo das práticas adotadas.

A diretora Silvia Pizzol enfatizou a importância da comunicação desses benefícios para produtores e técnicos de campo, especialmente no contexto do Programa Produtor Informado do Cecafé. Esse programa inclui um curso de sustentabilidade na Plataforma EAD, desenvolvido em parceria com a GCP, que aborda práticas descarbonizantes e agricultura regenerativa.

Silvia Pizzol, diretora de Sustentabilidade do Cecafé / Divulgação

Promoção do café brasileiro como produto sustentável

Os resultados das pesquisas estão sendo integrados nas estratégias de marketing e comunicação do Cecafé. A divulgação ocorre em mercados tradicionais, como Estados Unidos e Europa, e em novos mercados emergentes, como a China, onde o Brasil registrou um crescimento de 228% nas exportações de café em 2023.

O Cecafé está utilizando essas informações para promover o café brasileiro como um produto de alta qualidade, sustentável e alinhado com as exigências internacionais, como o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR).

Expansão de práticas sustentáveis

Em uma iniciativa para expandir ainda mais as práticas sustentáveis na cafeicultura brasileira, o Cecafé firmou uma parceria com a StoneX e a Allcot. Esta colaboração visa avaliar a viabilidade de criar um Programa Agrupado de Créditos de Carbono, incentivando os cafeicultores a adotar boas práticas por meio da remuneração pelo aumento do sequestro de carbono.

Os estudos iniciais, realizados em 2023, serão aprofundados para explorar as oportunidades e desafios técnicos, jurídicos e econômicos dessa iniciativa.

De acordo com Silvia, há desafios de ordem regulatória, tanto em nível global – regulamentação e operacionalização art 6º Acordo de Paris no âmbito das COPss e, em nível nacional, os debates para regulamentação do mercado de carbono no Brasil. “Avanços nessas definições de ordem regulatória podem gerar oportunidades de absorção dos créditos gerados em programas voluntários de carbono, como o que o Cecafé está estudando com a StoneX”, finaliza.

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