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Clima seco favorece colheita e moagem atinge 48,80 milhões de toneladas na 2ª quinzena de junho

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Na segunda quinzena de junho, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 48,80 milhões de toneladas ante a 43,19 milhões da safra 2023/2024 – o que representa um aumento de 12,99%. No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de julho, a moagem atingiu 238,40 milhões de toneladas, ante 210,48 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2023/2024 – um avanço de 13,27%.

O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, explica que “o avanço de moagem registrado até o momento está relacionado à antecipação de início das operações nos primeiros meses da safra e, especialmente, à condição climática que tem favorecido a colheita no atual ciclo”. A moagem mais acelerada pode resultar em antecipação da colheita, com risco de intensificar o impacto do clima seco no rendimento da lavoura em algumas áreas, conclui o executivo.

Ao término da segunda metade de junho, 256 unidades estavam em operação no Centro-Sul, sendo 238 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e nove usinas flex.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de junho atingiu 139,96 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 133,10 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação positiva de 5,16%. No acumulado da safra, o indicador marca 128,31 kg de ATR, o mesmo índice registrado no ciclo anterior em igual posição.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de junho totalizou 3,25 milhões de toneladas, registrando aumento de 20,11% na comparação com a quantidade registrada em igual período na safra 2023/2024 (2,70 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 1º de julho, a fabricação do adoçante totalizou 14,20 milhões de toneladas, contra 12,27 milhões de toneladas do ciclo anterior (+15,70%).

Com efeito, 49,89% da matéria-prima disponível foi direcionada para a produção de açúcar na última quinzena, ante 49,36% observados no mesmo período da safra 2023/2024.

Ainda em relação à produção de açúcar, Rodrigues esclarece que “até o momento o crescimento da fabricação do adoçante atingiu 1,93 milhões de toneladas, sendo 1,63 milhões decorrente do avanço na moagem de cana-de-açúcar e apenas 300 mil toneladas associada à mudança no mix de produção das unidades produtoras”.

Na segunda metade de junho, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,31 bilhões de litros, sendo 1,42 bilhão de litros (+32,84%) de etanol hidratado e 887,96 milhões de litros (+1,06%) de etanol anidro. No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de julho, a fabricação do biocombustível totalizou 11,02 bilhões de litros (+13,52%), sendo 7,06 bilhões de etanol hidratado (+27,27%) e 3,96 bilhões de anidro (-4,83%).

Do total de etanol obtido na segunda quinzena de junho, 13% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 299,58 milhões de litros neste ano, contra 244,16 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/2024 – aumento de 22,70%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 1,80 bilhão de litros – avanço de 25,94% na comparação com igual período do ano passado.

Vendas de etanol

No mês de junho, as vendas de etanol totalizaram 2,84 bilhões de litros, o que representa uma variação positiva de 10,95% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024. Trajetórias distintas foram registradas entre o hidratado e anidro: o primeiro, registrou crescimento de 27,84% (1,81 bilhão de litros) e, o segundo, queda de 10,02% no volume comercializado (1,03 bilhão de litros).

No mercado interno, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 1,77 bilhão de litros em junho deste ano, o que representa um aumento de 33,95% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda mensal de etanol anidro, por sua vez, atingiu a marca de 978,52 milhões de litros, retração de 10,10%.

Apesar do crescimento das vendas na segunda metade de junho, o etanol hidratado segue competitivo nas bombas em grande parte do território nacional. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a relação de preços entre o hidratado e a gasolina na última semana de junho atingiu paridade de 65,3% e um diferencial absoluto de preços de R$ 2,03 por litro na média do mercado brasileiro.

No acumulado desde o início da safra até 1º de julho, a comercialização de etanol pelas unidades do Centro-Sul somou 8,65 bilhões de litros, registrando crescimento de 22,13%. O volume acumulado de etanol hidratado totalizou 5,67 bilhões de litros (+42,99%), enquanto o de anidro alcançou 2,98 bilhão de litros (-4,36%).

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