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Com recursos privados, IAC-Quepia expande laboratório de Jundiaí e abre unidade única no País para análises de luvas

Investimento consolida centro de pesquisas entre os mais importantes do mundo na área; programa une a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo à indústria de vestimentas especiais para aplicação de agrotóxicos

Com recursos captados junto a empresas do agronegócio, o Programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (Quepia) anuncia a expansão de seu laboratório de pesquisas. A unidade que funciona no Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC), na cidade paulista de Jundiaí, terá ampliada sua capacidade para realizar análises de qualidade e estudos sobre vestimentas de proteção utilizadas por trabalhadores aplicadores de agrotóxicos.

 

O Programa IAC-QUEPIA também passa a contar, no mesmo local, com um laboratório específico para pesquisar, desenvolver e certificar luvas empregadas no Brasil no manejo de agrotóxicos. Este será o primeiro centro de pesquisas do gênero a funcionar no País, segundo informa o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do programa.

 

“A ampliação do laboratório nos deixará ainda mais perto da comunidade científica internacional, além de transferir ganhos contínuos de qualidade à indústria nacional de equipamentos de proteção ao aplicador de agrotóxicos“, ressalta Ramos. Segundo ele, o programa, que completa 12 anos em 2018, une o Instituto Agronômico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo à indústria nacional de vestimentas de proteção.

De acordo com o pesquisador, o centro de pesquisas de Jundiaí participou de importantes medidas adotadas na última década, pelo Ministério do Trabalho, visando à proteção do trabalho rural, sobretudo portarias específicas que condicionaram a emissão de certificados de qualidade a vestimentas de proteção à observância de normas internacionais. Em âmbito mundial, assinala Ramos, o IAC-Quepia atua em conjunto com cientistas da Europa e dos Estados Unidos, países igualmente empenhados no aprimoramento da qualidade de vestimentas e luvas de proteção.

 

Membro do Comitê Mundial da ISO ” International Stadantartization Organization ” e do Consórcio Internacional para a Segurança de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, Hamilton Ramos adverte que ainda há no Brasil produtores e agroindústrias desatentos à necessidade de adotar equipamentos de proteção individual com qualidade certificada. Em virtude desse cenário, enfatiza, parte dos equipamentos em uso nas lavouras brasileiras não evitam a exposição do trabalhador rural a agrotóxicos.

 

“É preciso privilegiar às empresas que submetem seus produtos à certificação e investem na qualidade“, afirma Ramos. “O novo espaço também estará aberto a todos os fabricantes que queiram interagir com a pesquisa“, complementa o pesquisador.

 

As obras do laboratório IAC-Quepia estão em andamento e a expectativa de conclusão é para o mês de junho próximo.

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