O percevejo tem sido um dos principais desafios enfrentados pelos produtores de soja nos últimos anos. Os prejuízos causados pelo percevejo são diferentes de acordo com a fase em que se encontra a soja. Segundo os especialistas, essa praga ataca principalmente as vagens, e quando o ataque ocorre no estágio chamado ‘canivetinho’, ou início da formação das vagens, o grão não se desenvolve, e as vagens ficam chochas e caem. Apenas essa praga tem a capacidade de reduzir de 30 a 40% a produtividade da soja em grão e, se o plantio for para multiplicação da semente (sementeiras) esse número aumenta para até 50% da produção.
As primeiras gerações do inseto ficam em plantas daninhas, na mata ou hibernando, e aparecem logo no início do ciclo reprodutivo da soja, depositando ovos que vão originar novas gerações. “O ataque provoca uma diminuição significativa da produtividade. O produtor espera colher ‘x’ sacas por hectare e acaba tendo um rendimento muito menor. Mas ele não enxerga esse ataque silencioso do inseto, só mais adiante vai se dar conta dessa perda”, afirma a pesquisadora e CEO da Life Biological Control, Cristiane Tibola
Com sólida experiência técnico-científica em pragas agrícolas, principalmente através do controle biológico, químico, biotecnologia e manejo integrado de pragas, Cristiane ressalta que o dano do percevejo também pode ser diferente dependendo do estágio em que se encontra o grão ao ser picado.
“Além do abortamento da vagem, que vai diminuir a produtividade, quando o dano ocorre em vagens já desenvolvidas, os percevejos podem injetar toxinas e inocular fungos que causam manchas e diminuem muito a qualidade do grão. Isso se reflete na hora da classificação e venda, ou seja, o produtor vai receber menos em função da má qualidade do grão causada pelo ataque de percevejos”, destaca Cristiane.
Como controlar
No Brasil, apenas 0,3% do controle de percevejos é realizado com ferramenta biológica, o que causa resistência a inseticida químico e aumenta o custo de controle, pois traz a necessidade de mais aplicações no ciclo. Para auxiliar no controle desta praga de fácil propagação e muito resistente aos inseticidas químicos, a Life Biological Control lançou no mercado o Defender Soy, produzido à base da vespa parasitoide (Telenomus podisi).
A aplicação de insumos biológicos com o Defender Soy, pode reduzir as perdas em até 30% na produtividade, além de trazer benefícios como o controle dos ovos, manejo da população resistente, perda de vagem e redução da quantidade de adultos da praga no final do ciclo da soja. “As microvespas parasitam os ovos dos percevejos no campo, sendo um dos únicos produtos que controlam os ovos, isso é um diferencial muito importante, pois não deixa que esses novos percevejos eclodam e causem danos, evitando assim que a praga se instale nas plantas, ou seja, ao invés de nascer percevejo, nasce uma microvespa que vai continuar o ciclo de controle biológico na lavoura”, afirma a CEO da Life Biological Control, que também é especialista em controle biológico de pragas.
Aumenta em até 30% a produtividade da Soja
De acordo com pesquisa realizada pela Embrapa Soja, as espécies de percevejos encontradas com mais frequência na cultura da soja são o percevejo-marrom e o percevejo-verde-pequeno, sendo o principal alvo na aplicação de inseticida químico. Estima-se que para o controle do percevejo na soja sejam realizadas, em média, de quatro a oito pulverizações de inseticidas por ciclo da cultura. Porém, o uso frequente de inseticidas tem favorecido a seleção de indivíduos resistentes, e falhas de controle no campo têm sido reportadas com frequência.
Diante desse cenário, o uso da microvespa Telenomus podisi como um defensivo biológico tem se mostrado, cada vez mais, uma estratégia eficaz no controle de pragas, especialmente do percevejo-marrom, ressalta a pesquisadora. “O Defender Soy apresenta controle acima dos 95% na cultura da soja. É o único produto no mercado que elimina o ovo do percevejo. O resultado é um grão com melhor qualidade e peso, melhorando muito o vigor da semente“, enfatiza Cristiane.
O Defender Soy possui registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e está à disposição dos agricultores nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, num raio próximo a fábrica que fica no município de Piracicaba, interior paulista. “Optamos inicialmente por essas regiões pois se tratar de um organismo vivo macro biológico que tem um tempo de prateleira curto e precisa de uma logística rápida e assertiva”, completa a especialista.
Para finalizar, a pesquisadora e CEO da Life lembra da importância do monitoramento da presença do percevejo no campo para a tomada de decisão das primeiras aplicações e das outras duas que vão ocorrer durante a safra de soja.
“Esse monitoramento será determinante para o resultado final do produto, que vai além da cultura da soja. Pois, em regiões que plantam milho safrinha, o Defender Soy será um importante aliado do controle do percevejo-barriga-verde que mais ataca o milho safrinha”, afirma Cristiane.