Glaucio da Cruz Genuncio
Doutor e professor de fruticultura – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
glauciogenuncio@gmail.com
Uns dos principais desafios na produção de tomate em estufas é a manutenção da produtividade ao longo do tempo. Assim, surge o papel da tecnologia: a automação no monitoramento mocroclimático, a adoção do MIP (manejo integrado de pragas e doenças.), a adoção de um manejo nutricional baseado nas curvas de absorção de um híbrido específico e, principalmente, o estabelecimento da produtividade superior.
Equilíbrio do projeto é fundamental
A tecnologia das estufas, em termos de material disponível e empregado, vem evoluindo ao longo do tempo. Atualmente, temos projetos brasileiros que se comparam aos europeus e americanos, com as estufas automatizadas.
Porém, por serem projetos de elevados custos de implantação, o subsídio é importante. Cabe ressaltar que a produção de alimentos figura em um cenário estratégico para o Brasil.
Tecnologia avançada
O emprego de um pacote tecnológico minimiza os riscos para a tomaticultura. O monitoramento e a tomada de decisão a partir dos dados recolhidos é condição importante para ganhos produtivos e manutenção do cultivo em ciclos que superam 270 dias.
Assim, a produtividade, que é uma relação direta entre produção e área aumenta 100, 200 ou 300 vezes em um ano produtivo. Isso capitaliza, emprega e gera renda social.
Inovações mais relevantes
A tomaticultura, por si, é uma atividade técnica. Assim, o emprego de mudão, enxertia, híbridos tropicalizados, polinização eficaz, manejo da irrigação e da fertilização têm sido uma constante.
O controle efetivo de pragas em função do MIP, uso de moléculas novas e eficientes para o MIP e a melhoria na ambiência, com a aplicação da automação, são inovações na área. A aplicação destes conceitos tecnológicos são uma condição sine qua non para a obtenção de altas produtividades, aliadas às melhores características qualitativas dos frutos.
Importância da adubação
A adubação é a base de tudo. Assim, o equilíbrio nutricional garantirá que a planta tenha resistência, produza e prolongue o ciclo. Tudo isso, associado, culminará na produtividade calculada em função do custo operacional e investimentos aportados.
Podas, adubações de acordo com os estádios de desenvolvimento, uso eficiente da água, de fertilizantes e controle de pragas e doenças de acordo com o NDE (nível de dano econômico estabelecido) completam os demais supracitados.
Por outro lado, os benefícios do cultivo protegido são geração de emprego, renda, maior oferta de produtos de qualidade (tomates dos grupos grape, italiano, holandês) e uso consciente de insumos (defensivos, fertilizantes e, principalmente, água e energia elétrica).