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Consulta pública em setembro será decisiva para proteção das árvores gigantes no Pará

Foto: Havita Rigamonti/Imazon/Ideflor

O governo do Pará deu um passo significativo em direção à proteção das árvores gigantes da Amazônia ao anunciar uma consulta pública com os moradores do Distrito de Monte Dourado, em Almeirim, para o dia 11 de setembro. A proposta é ouvir a comunidade sobre a transformação de parte da Floresta Estadual do Paru, localizada no norte do estado, em uma nova Unidade de Conservação (UC). Esta é a floresta que abriga a maior árvore da América do Sul e a quarta maior do mundo, um angelim-vermelho com 88,5 metros de altura. A área enfrenta ameaças graves, como desmatamento e garimpo.

Para Angela Kuczach, bióloga e diretora executiva da Rede Pró Unidades de Conservação (Rede Pró UC), organização que apoia a campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes, é importante que a nova Unidade de Conservação seja um parque. “Um parque estadual é uma unidade de conservação de proteção integral, que tem como característica proteger a beleza cênica e a riqueza em biodiversidade. A criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes é uma necessidade urgente e também uma oportunidade de gerar benefícios para as comunidades locais, por meio do turismo de natureza, além de promover a educação ambiental e pesquisas científicas sobre esse patrimônio natural único, que são as árvores gigantes e os ecossistemas associados”, afirma. 

A campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes conta com o apoio de cerca de 20 organizações e defende firmemente a criação do parque, que elevará o status de proteção de parte da Flota do Paru e garantirá a proteção do angelim-vermelho gigante. “A consulta pública que será realizada pelo governo do Pará é um marco importante para a proteção das árvores gigantes e da Amazônia. Estamos animados com o avanço do processo e comprometidos em garantir que a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes seja uma realidade,” afirma Alexandre Mansur, diretor de projetos do Instituto O Mundo Que Queremos. 

Novo santuário de árvores gigantes

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IDEFLOR-Bio), em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), iniciou os estudos para encontrar formas de proteger as árvores gigantes em agosto de 2023. A decisão do governo do Pará em transformar parte da Floresta Estadual do Paru em uma nova Unidade de Conservação vem após a recente expedição científica realizada em maio deste ano, que revelou um novo santuário de árvores gigantes e reforçou a importância da proteção da Flota do Paru.

“Vale ressaltar que a criação do parque não diminui a importância da Floresta Estadual do Paru, que continuará com aproximadamente 85% do seu tamanho atual e representa um importante ativo para a região, inclusive para comunidades locais que realizam atividades de extração de castanhas, além do manejo florestal. No entanto, criar o Parque Estadual das Árvores Gigantes para proteger os centenários e gigantes angelins-vermelhos é simbólico e emblemático. Um presente do Governo do Estado do Pará aos paraenses e ao povo brasileiro, dessa e das futuras gerações”, destaca Angela Kuczach.

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