As condições climáticas têm sido um fator determinante para a produtividade do café, trazendo desafios significativos para os produtores. O engenheiro agrônomo e consultor Ronaldo Viana abordou as dificuldades enfrentadas e as estratégias adotadas para minimizar os impactos do clima na cafeicultura, durante workshop realizado na Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura, que acontece em Araguari até o dia 10 de abril. “Estamos passando por um período de altas temperaturas que têm atingido nossa região e afetado diretamente a produção dos cafeeiros. Esse tem sido um dos nossos principais problemas”, destacou Viana.
Além do calor excessivo, a escassez de chuvas e a dificuldade de armazenamento de água também preocupam os cafeicultores. “Nossa região tem um regime de chuvas concentrado e irregular. Quando essa chuva não abastece bem nossas represas e reservatórios, enfrentamos grandes dificuldades de produção, o que pode resultar em perdas significativas. Passamos por um período semelhante há 10 anos e, infelizmente, esse ano estamos temendo um novo desabastecimento, já que as chuvas até agora não foram suficientes. Tomara que o cenário melhore em breve”, alertou o especialista.
Diante desses desafios, estratégias de manejo têm sido adotadas para mitigar os impactos das condições climáticas adversas. “Nossa principal estratégia para lidar com as temperaturas elevadas é o uso de produtos de proteção, como protetores solares, aliados a uma nutrição equilibrada das plantas. Além disso, aplicamos lâminas de irrigação mais altas e mantemos o solo com boa umidade para ajudar os cafeeiros a suportarem os períodos de estresse térmico”, explicou Viana.
A palestra reforçou a importância de um planejamento adequado para enfrentar os desafios climáticos e garantir a sustentabilidade da produção cafeeira. A adoção de tecnologias de irrigação, o manejo eficiente do solo e a busca por soluções inovadoras são essenciais para assegurar a viabilidade das próximas safras diante das mudanças climáticas.