28.3 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioNotíciasGoiás intensifica monitoramento de queimadas em áreas agrícolas

Goiás intensifica monitoramento de queimadas em áreas agrícolas

Mapeamento realizado pela Seapa visa orientar medidas de prevenção aos focos de incêndio em Goiás (Foto: Ênio Tavares)

Embora responda por apenas 8,2% das queimadas no bioma Cerrado, atrás de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins, o estado de Goiás tem intensificado o monitoramento de incêndios em áreas agrícolas e as ações de combate ao fogo. Em um levantamento inédito da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), divulgado nesta segunda-feira (23/9), a pasta estima que o prejuízo nas colheitas é de R$ 181,71 milhões entre o final de julho e setembro de 2024, considerando sete culturas plantadas no período (feijão, cana-de-açúcar, milho, tomate, sorgo, batata inglesa e algodão).

O documento está disponível no site da Seapa (agricultura.go.gov.br) e apresenta um panorama que auxilia nas análises, apontando caminhos para atuação das autoridades. “A situação está mais controlada em Goiás, apesar das adversidades climáticas, graças a ações como o monitoramento em tempo real e a pronta resposta da Defesa Civil”, ressaltou o governador Ronaldo Caiado em evento recente em Brasília (DF), para tratar do assunto com a União. O chefe do Executivo afirma ainda que, na economia como um todo, o impacto pode chegar a R$ 1,5 bilhão até o final do ano.

Conforme o governo, os dados do acumulado do ano até agosto de 2024 mostram que a área produtiva queimada é de quase 102 mil hectares no estado. Na produção agrícola, os municípios mais atingidos são Itumbiara, Quirinópolis, Gouvelândia, Água Fria de Goiás e Padre Bernardo. O valor tem como base o calendário de safras agrícolas e está relacionado apenas às colheitas do final do mês de julho ao início de setembro. Além disso, não engloba custos com infraestrutura, maquinários, pastagem, custo de recuperação ou replantio. O Sul goiano detém mais de R$ 46,58 milhões dos prejuízos nas colheitas, cerca de 25,64% do total. Em seguida, estão o Sudoeste (24,82%), o Entorno do Distrito Federal (13,6%) e o Nordeste (11,45%).

O titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende, reforçou a importância de ações efetivas no enfrentamento dos focos de incêndio. “A secretaria tem realizado campanhas de conscientização sobre a importância da prevenção de incêndios florestais e reforçado os estudos técnicos que demonstram o impacto dessas queimadas sobre o solo e o meio ambiente. Além disso, temos trabalhado em parceria com produtores rurais e entidades competentes, buscando alternativas e estratégias para lidar com esse desafio”, destacou.

Providências

Em julho deste ano, por meio do decreto 10.503, o governador Ronaldo Caiado suspendeu o uso de fogo na vegetação, com exceção de casos expressamente autorizados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Em agosto, por meio decreto 10.539, declarou situação de emergência em 20 municípios goianos afetados por “incêndios em áreas não protegidas, com reflexos na qualidade do ar”. O documento autoriza, por 180 dias, a dispensa de licitação para aquisição de materiais e contratação de pessoal.

ARTIGOS RELACIONADOS

Número de queimadas explode e Amazônia tem o pior mês de julho desde 2005

Com mais de 11 mil focos, o dobro da média dos últimos anos, o bioma teve o mês de julho mais incendiário em duas décadas e já acumula mais de 24 mil focos em 2024

Incêndios florestais: dispositivo faz detecção precoce

O projeto do sensor desenvolvido pelo professor António Valente refere-se à concepção de um pequeno aparelho detector, do tamanho de um celular.

Tecnoshow Comigo estimula o comércio e economia na região Sudoeste de Goiás

Durante a feira, a previsão é de aumento de 250% na movimentação de restaurantes e bares em Rio Verde, sede do evento, assim como 100% de ocupação na rede hoteleira da cidade e de municípios vizinhos. Também são criados 12,5 mil empregos diretos e indiretos

Mais de 80% dos focos de calor em São Paulo ocorreram em áreas de uso agropecuário

Análise do IPAM mostra que cortina de fumaça surgiu em 90 minutos; cana- de- açúcar e pastagem concentram ignição no oeste paulista

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!