O cenário atual de crise dos insumos agrícolas pede adequação e agilidade no estudo de novas possibilidades para que a produção de alimentos, fibras e biocombustíveis não seja prejudicada. O impacto da guerra no Leste Europeu, deflagrada em 24 de fevereiro com a invasão da Rússia à Ucrânia, já vem sendo sentido pelo agronegócio brasileiro. O aumento exorbitante nos insumos agrícolas tem exigido novas soluções que possam driblar o uso de fertilizantes nitrogenados (como a ureia e o nitrato de amônio) e do próprio gás natural fornecido pelos russos. Diante desse cenário, a produção de inoculantes e fertilizantes fisiológicos ganha destaque na Agrocete, com a expectativa da empresa de crescimento superior a 50% nas vendas em relação ao ano passado, uma vez que esses produtos se apresentam como uma importante alternativa diante da crise para suprir a possível escassez de produtos no mercado. “Percebemos isso pela consulta crescente de empresas que ainda não possuem inoculantes em seu portfolio”, explica Guilherme de Figueiredo, diretor comercial da empresa brasileira.
Insumos biológicos, como os inoculantes, vêm com o objetivo de suprir de forma parcial ou até mesmo integral, em alguns cultivos, o uso de nitrogênio nas culturas por meio da fixação biológica de nitrogênio, produção de fitohormônios e solubilização de nutrientes, diminuindo os gastos com fertilizantes químicos. A inoculação de bactérias é uma técnica que oferece muitos benefícios para as plantas, uma vez que são empregados microrganismos capazes de captar o nitrogênio do ar e transformá-lo em alimento natural para as plantas. “A Agrocete vem intensificando os trabalhos em inovações para biológicos, realizando ensaios internos em relação às diferentes estirpes de bactérias, com o objetivo de selecionar as que apresentam o melhor desempenho para que sejam testadas em campo”, reforça Guilherme de Figueiredo.
A Agrocete vem reforçando o seu pioneirismo, investindo em pesquisas capazes de auxiliar no desenvolvimento de novos produtos no setor de fertilizantes foliares, adjuvantes e biológicos. A fábrica de inoculantes, que é considerada a maior do mundo, tem produção mensal de 400 mil litros e está preparada para suprir um possível aumento na procura por inoculantes, como reflexo da falta de insumos agrícolas estimada para o segundo semestre. “Estamos preparados para oferecer ao mercado produtos que possam suprir as necessidades das plantações e, ao mesmo tempo, garantir a produtividade dos agricultores”, reforça Guilherme.
Outras iniciativas em inovação
– A Agrocete conduz, ainda, trabalhos em parceria com a EMBRAPA, EMBRAPII, UFPR, UTFPR e UEPG, buscando melhorias para o segmento de biológicos. A empresa não mede esforços para que seus representantes participem de eventos importantes, como o 3º Congresso Mundial de Bioestimulantes, realizado recentemente em Valência, na Espanha, o Congresso Brasileiro de Soja, com papel de destaque na RELARE (Reunião da Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola), onde Guilherme, como presidente atual da ANPII (Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inocualntes) apresentou o trabalho da associação e seu papel em uma agricultura mais sustentável, através do uso destes bioinsumos. A Agrocete participará da Hortitec 2022, levando para o público uma dinâmica de tecnologia de aplicação que visa melhorar a eficiência dos agroquímicos utilizados no campo e irá apresentar suas soluções da linha GRAP, em especial o Organo Top, Amyno15, GRAD e STPRO, além do kit Pulvereasy, que inclui os adjuvantes SUPER GUN e D-LIM.