28.3 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosFlorestasMicrovespa-do-eucalipto

Microvespa-do-eucalipto

Suzeth Carvalho SousaGraduanda em Agronomia – Unicerradosuzecarvalho10@gmail.com

Pauletti K. RochaEngenheira agrônoma, mestra em Agronomia e diretora do curso de Agronomia – Unicerrado paulettirocha@unicerrado.edu.br

Eucalipto – Crédito Fibria

Há algumas décadas o plantio de eucalipto tem alcançado sucesso no território brasileiro. Com segmentos voltados para o ramo da celulose e papel, produção de carvão vegetal, madeira para serraria, extração de óleo essencial e até energia.

A cultura vem se tornando uma opção rentável tanto em monocultivo quanto em  istemas integrados. A espécie Corymbia citriodora é destinada à produção de óleos essenciais e vem sendo atacada por um inseto-praga denominado de microvespa-do-eucalipto-citriodora Epichrysocharis burwelli Schauff (Hymenoptera: Eulophidae).

Essa praga é originária da Austrália e foi introduzida no Brasil em 2002, sendo constatada em 2003 em Minas Gerais. Também existem relatos da detecção desse inseto em outros Estados das regiões sudeste e sul do País.

Danos

As microvespas efetuam as posturas das 9h às 17h, sendo a oviposição inserida sob a epiderme da folha nova e de cor avermelhada. A larva desenvolve-se no interior da folha, possui formato arredondado e coloração amarelo-clara, formando o cecídio.

Nos locais onde ficam os cecídios necrosados, as vesículas de óleo desaparecem, comprometendo a produção da essência oleosa. A infestação ocorre nas folhas novas, em ambas as faces, havendo a formação de galhas globosas, que evoluem juntamente com o crescimento da folha, e que podem atingir a quantidade de 40 galhas/cm2.

Galhas são definidas como qualquer desvio no modelo de crescimento normal da planta, provocado pela presença e atividade de um organismo externo, nesse caso a microvespa. O orifício de saída dos adultos contribui para a entrada de patógenos que aumentam a necrose do limbo foliar e provoca a deiscência das folhas.

Assim, o ataque da microvespa promove o necrosamento e a queda prematura das folhas, o que não interfere na qualidade do óleo produzido, porém, a produtividade é afetada, podendo atingir perdas em torno de 50% em plantas atacadas.

Controle

Quanto ao combate de E. burwelli, não existem produtos registrados junto ao Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários (AGROFIT) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No que diz respeito ao controle biológico, não foram identificados inimigos naturais efetivos para o seu controle, fato que contribui para o aumento da densidade populacional da microvespa e alta capacidade de dispersão da mesma.

Uma opção seria identificar variedades de C. citriodora mais resistentes e realizar o processo de clonagem a fim de utilizá-las em futuras plantações de eucalipto. Com base no exposto, é possível verificar que as pesquisas devem ser intensificadas nas regiões produtoras de eucalipto, a fim de controlar as injúrias/danos causados por E. burwelli nos plantios de C. citriodora.

ARTIGOS RELACIONADOS

Bayer lança as primeiras variedades de soja

A Monsoy , marca de sementes de soja da Bayer, lança no Brasil as primeiras variedades com a tecnologia Intacta 2 Xtend® (i2x), terceira geração de biotecnologia com genética avançada.

Seringueira se mostra um bom negócio

Andrey Vetorelli Borges andrey.vetorelli@cati.sp.gov.br Fernando Miqueletti FioravanteStuchi Neto Lucas Fernando Simão Engenheirosagrônomos da Cati, EDR São José do Rio Preto Por meio dos seringais é possível melhorar a qualidade ambiental...

A renúncia fiscal e o desenvolvimento social

A Renúncia Fiscal é uma forma de desoneração tributária e faz parte das Leis de Incentivo Fiscal, como a de Incentivo ao Esporte, Fundo do Idoso e Fundo da Infância e da Adolescência.

Armadilhas ajudam no controle da broca-do-café

Givago Coutinho Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado) givago_agro@hotmail.com Rafael Azevedo Arruda de Abreu Engenheiro Agrônomo e doutorando em Fitotecnia/UFLA rafaelarruda.agro@gmail.com   O...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!