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O embolsamento de silagem gera vantagens aos pecuaristas

Novo equipamento autopropelido da Marcher, que pode ser manuseado por apenas um operador, torna o processo de armazenamento de insumos mais versátil, com menor custo e melhor ganho na produção de carne e leite, será um dos destaques do Agroleite

A produção de silagem é uma atividade estratégica e importante na produção pecuária, afinal, por meio dela os produtores conseguem garantir a oferta de alimentos para o rebanho nos períodos mais críticos do ano sem comprometer a produção de carne ou leite. Contudo, o sistema tradicional como é feito hoje em diversas propriedades rurais, além de complexo, exige muita mão de obra.

Créditos: Divulgação

Para tornar esse processo ainda mais rápido, simples e altamente eficiente, uma solução é o sistema de embolsamento que ganha força no campo por simplificar o processo. O mais recente lançamento neste mercado está sendo apresentado pela Marcher Brasil, empresa que atua no desenvolvimento de soluções para armazenagem, com a Ingrain910, a primeira embolsadora de silagem nacional autopropelida. O equipamento inclusive será um dos destaques e poderá ser visto de perto pela classe produtora durante o Agroleite, que acontece de 8 a 11 de agosto, em Castro, no Paraná.

Segundo Nelson Luz, engenheiro mecânico e supervisor de produtos da empresa, este lançamento foi pensado para os médios e grandes produtores, por ser de alta produtividade, uma excelente opção para as indústrias, cooperativas, cerealistas e prestadores de serviço. “A Ingrain910 foi desenvolvida para clientes que têm demanda de produção de silagem muito alta, por isso o Agroleite, que é a principal vitrine tecnológica da cadeia leiteira, é uma oportunidade única para mostrarmos o potencial deste equipamento”, diz.

Com capacidade de armazenamento de 150 toneladas por hora, o lançamento está preparado para atender demandas de silo-bolsa de 9 e 10 pés. A novidade conta com a motorização própria a diesel que alimenta todo o sistema de transmissão, realizando assim o trabalho praticamente sozinha, com a necessidade de apenas um operador realizando a tarefa de embolsamento, tornando a operação segura, versátil e eficiente.

O abastecimento da Ingrain910 é realizado diretamente através do caminhão basculante, facilitando a logística no campo. “O produtor vai utilizar o trator apenas para deslocamento do equipamento do barracão até o local do trabalho, o restante ela é autossuficiente, afinal, a proposta da nossa marca é facilitar”, afirma o engenheiro mecânico.

Acerte na produção de silagem

A silagem de grãos úmidos nos últimos anos tem sido adotada pelos pecuaristas que estão focados na qualidade da alimentação animal. Este insumo se destaca por possuir alto valor energético e excelente digestibilidade e palatabilidade, tanto para bovinos de corte quanto de leite. De acordo com Welington Mattano Gearola, zootecnista e consultor técnico da Marcher, com a dieta à base de grãos úmidos ou hidratado é possível ter inúmeras vantagens. Uma delas é na eficiência da operação, uma vez que a produção de grão seco moído como componente da dieta exige uma logística pesada com rendimento muito baixo e um custo alto.

Para auxiliar os pecuaristas nessa técnica, a Marcher tem em seu portfólio a Ingrain90 que apresenta rendimento muito alto com a operação. “Produtores que fazem a ração na propriedade utilizam geralmente um moedor elétrico com capacidade para 12 mil quilos por hora, mas na prática acabam moendo no máximo 4 mil kg/h com alto consumo de energia. Já a nossa máquina tem capacidade para bater até 55 ton/h, utilizando apenas um trator de 75 cv, com consumo médio de oito litros de diesel. Com isso há uma eficiência muito maior”, pontua o zootecnista.

Ainda segundo ele, outra vantagem do grão úmido é que a fermentação que é feita dentro da bolsa ajuda a digestibilidade, diminuindo quadros de acidose e de fermentação intestinal, melhorando a absorção e por consequência os bovinos têm conversão alimentar mais eficiente, o que pode gerar ao produtor ganhos que variam de 12% até 20% comparado ao grão seco. “Este incremento já é uma excelente vantagem. A silagem de grão úmido é sem dúvida uma operação mais enxuta, com uma eficiência nutricional muito maior”, acrescenta Gearola.

A Marcher também disponibiliza a Ingrain60, uma embolsadora de grãos úmidos com capacidade de 20 ton/h. Ela possui um moinho quebrador que facilita o processo de fermentação e produz alimento de alta qualidade e valor energético. Como opcional apresenta o sistema de aplicação de inoculador que é prático e eficiente, a sua adição melhora o processo de fermentação, o que resulta numa silagem mais estável, de melhor qualidade.

Ainda durante o Agroleite, no estande da Marcher, o visitante poderá ver de perto a outra Embolsadora de Grãos Úmidos, a Ingrain65. A máquina utiliza a força direta do trator e é equipada com freios a disco de alta eficiência e fácil regulagem. Possui um sistema de processamento com rolos Cracker com capacidade de (40 ton/h) e opções de granulometria.

Complemento

Outra opção que o produtor pode utilizar para complementar a silagem de grãos úmidos é a silagem de planta inteira. A opção muito utilizada hoje para isso são os silos trincheira, uma espécie de vala escavada que pode ser de concreto ou diretamente na terra, o qual depois de cheio é coberto com lona plástica. Contudo, além de trabalhoso, esse método não é tão eficiente e requer uma grande estrutura de maquinários e pessoas para fazer a compactação do material.

Como alternativa, o produtor já tem disponível a embolsadora de silagem para bolsas de 9 pés, a Ingrain900, uma excelente opção para quem busca aliar rapidez e alta eficiência em armazenagem móvel. Com capacidade de 150 ton/h, ela foi desenhada para acompanhar o trabalho das picadoras autopropelidas de alto rendimento.

O abastecimento da máquina é realizado diretamente do caminhão basculante, facilitando muito a logística no campo. A compactação do material ensilado através de rotor promove uma melhor distribuição e uniformidade da silagem no interior da bolsa. “Um detalhe importante é a eficiência de compactação da nossa máquina, que faz uma camada menor, com isso já gera uma qualidade superior observada em avaliações a campo, em torno de 12,3% em relação ao silo trincheira”, diz

Ainda segundo Gearola, outro ponto importante é que quando a silagem é compactada na bolsa não há presença de oxigênio lá dentro, e isso é fundamental, pois o que diminui a qualidade é a oxidação. “Nosso objetivo é que a fazenda tenha eficiência com produção de quilo de carne ou litro de leite, com um custo menor e reduzindo processos. Somado a isso, proporcionamos aos animais uma eficiência nutricional muito melhor, fazendo com eles emitam menos gases no ambiente.”, finaliza.

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