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quinta-feira, novembro 21, 2024
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O papel da energia solar agrícola

O agro acordou para a realidade de instalar usinas solares, muito devido à economia de energia

A utilização de painéis solares pode beneficiar o agronegócio de diversas maneiras, como, por exemplo, no quesito economia e sustentabilidade.
Para Mauricio Crivelin, CEO da rede Kinsol Energias, com a redução dos custos de energia elétrica, que geralmente está entre os 10 principais custos de produção, acaba impactando em grande ganho operacional nas atividades agrícolas. “Outro ponto é que com a garantia de energia, o agronegócio tem uma maior autonomia, deixando de ficar tão dependente da concessionária de energia”, aponta.

Olhe por onde pisa

Como todo investimento, Mauricio Crivelin recomenda analisar a viabilidade econômica, ou tempo do retorno do investimento, conhecido também como pay back, que em algumas regiões, devido a benefícios que existem para o agronegócio, como Tarifa Noturna e Benefício Tarifário Rural, que podem estender esse tempo de retorno.
Em alguns casos, o cliente do agro não tem sua necessidade atendida pela concessionária. Para isso, é preciso instalar o sistema off grid, muito usado, por exemplo, para sistemas de bombeamento de reservatório em lugares onde não chega energia da concessionária.

Vantagens e desvantagens de ter uma usina de energia solar

Foto: Shutterstock

São inúmeras as vantagens de ter uma usina solar, como ganho de eficiência, menos impacto ambiental, além de melhorar a imagem da marca. Não existem desvantagens, mas como qualquer projeto de energia solar, é preciso analisar caso a caso, pois o cliente pode não ter espaço suficiente para sua demanda.
“Com uma melhor eficiência energética, o produtor rural melhora sua imagem perante os clientes, se torna mais competitivo e tem mais previsibilidade na oferta da energia. Mas, como todo investimento, além do tempo de retorno mencionado anteriormente, é preciso analisar a idoneidade da empresa contratada, já que as garantias são longas. Na rede Kinsol Energias, por exemplo, existem garantias de fabricação dos equipamentos que variam de 7,0 a 15 anos contra defeitos elétricos e garantia de até 25 anos para a eficiência dos painéis solares.

Custo do projeto

O investimento no projeto depende muito do tamanho do consumo da fazenda, partindo desde aquele pequeno produtor, que gasta menos de R$ 1.000,00 com energia, e terá um investimento por volta de R$ 25.000,00 a R$ 50.000,00, até grandes produtores que, usam muita energia para manter, por exemplo, pivôs de irrigação, sendo que seu custo com energia pode ultrapassar facilmente R$ 60.000,00.
Nesses casos, Mauricio Crivelin explica que, para atender a demanda, são instaladas usinas de solo de maior porte. “O investimento, então, gira de R$ 800.000,00 a R$ 14.000.000,00”, calcula o especialista.
É necessário, antes de tudo, buscar uma empresa especializada, para ser apresentado um orçamento em cima da necessidade de cada cliente, com proposta de economia, assim como possíveis linhas de crédito.
A instalação pode ser feita desde no telhado, que já é uma área improdutiva da fazenda, até no solo, sendo mais recomendado para lugares onde tem mais poeira, pois nesse caso a limpeza dos módulos é mais fácil.

Tendência

Segundo estudos de Ministério de Minas e Energia, o potencial do Brasil é de produzir cerca de 12,5 trilhões de kWh por ano. Isso equivale a cerca de 20 vezes a geração total de energia elétrica do País em 2019.
“Há algum tempo o agro acordou para a realidade de instalar usinas solares, muito devido à economia de energia. Mas, um grande benefício que esse investimento traz é a segurança energética. Isso porque, em muitas propriedades rurais, a energia que chega é muito ruim ou instável. Imagine um produtor de leite não saber se terá a garantia do fornecimento de energia pela concessionária para garantir seu armazenamento? Com energia solar, ele passa a ter mais segurança”, expõe Mauricio Crivelin.
Embora o potencial do Brasil para a exploração de energia solar seja enorme, a busca ainda é tímida. Na opinião do especialista, o País ainda é muito dependente de fontes de energia não renováveis, como hidrelétricas e termelétricas a combustíveis fósseis.
No entanto, há uma crescente conscientização sobre a importância da energia renovável e a tendência, assim como aconteceu nos últimos quatro anos, é de que a exploração da energia solar continue a crescer.

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