Fazu será responsável pelos testes em campo e Uniube
realizará a pesquisa
Dentro do propósito de aproximação com as universidades em busca de novas
soluções para o agronegócio, a Satis firmou parceria com a Fazu (Faculdades
Associadas de Uberaba), por meio do curso de Agronomia, e com a Universidade de
Uberaba (Uniube), por meio de Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química.
O coordenador de desenvolvimento de produtos da empresa, engenheiro químico Ms.
Fabrício Porto, informa que o projeto tem duração prevista de dois anos para
desenvolvimento de um biofertilizante à base de extrato vegetal. Com sede em
Araxá (MG), a Satis é especialista em pesquisa e desenvolvimento de soluções de
nutrição vegetal.
Dentro do projeto, os ensaios microbiológicos e agronômicos serão de
competência da Fazu. Nas diversas possibilidades de extração serão efetuadas
análises microbiológicas para avaliação de desempenho do sistema de separação e
posteriormente testes de eficiência agronômica. “Estamos no desenvolvimento
inicial da pesquisa, em busca da melhor metodologia de extração dos compostos
presentes na planta. Realizaremos posteriormente testes em laboratório e no
campo, para entendermos melhor os mecanismos de ação dos extratos e também
selecionar o melhor extrato”, afirma a professora da Fazu Thais Oliveira
Ramalho Bean, Pós-Doutora em Agronomia-Fitopatologia. Essa fase da pesquisa, da
fabricação do extrato aos testes de campo, tem previsão de dois anos de
duração.
O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Uniube, Dr.
José Roberto Finzer, informa que a participação será focada na extração de
solúveis da cavalinha, uma planta medicinal que possui propriedades funcionais
e de interesse às indústrias farmacêuticas e de processos agroindústrias devido
às substâncias contidas em suas folhas e caule. Muito conhecida popularmente, a
cavalinha tem ação diurética, anti-inflamatória e digestiva. A planta também é
rica em potássio e vitamina C. Os alunos do Programa irão desenvolver o melhor
processo de extração de solúveis da planta, usando solvente orgânico, e
otimizando operacionalmente a concentração do solvente, temperatura de processo
e tempo de extração.
A professora relata que o extrato de uma planta
é um produto natural e potencialmente mais seguro para o meio ambiente, para o
agricultor e também para o consumidor. “Além do mais, esse produto, por ser
natural, poderá ser utilizado em cadeia de produção de alimentos orgânicos e
biodinâmicos. Uma alternativa a mais para os produtores”, complementa. O
coordenador da Uniube destaca ainda que “a integração universidade-indústria
serve como um catalisador para discutir os avanços da ciência e da tecnologia,
conectando profissionais de várias áreas para gerar novas ideias para o
benefício da sociedade”.