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Pioneiros do negócio – Redivo foca exigências do mercado agrícola

 

FotosFransérgio Leão
FotosFransérgio Leão

Pela primeira vez a Redivo participou da Agrishow. A empresa se sentiu atraída pelo evento em virtude de ele ser voltado à alta tecnologia. “Hoje somos a única empresa no Brasil que tem potencial para atender grandes clientes e eliminar o uso de terreiro na secagem de café“, garante Dilnei Stange Redivo, proprietário da empresa.

A Redivo é uma empresa de máquinas fundada em 2003 em Orleans, no Sul de Santa Catarina. Seu foco de trabalho sempre foram os equipamentos para secagem, e em 2013 viu a oportunidade de entrar no segmento do café. “Testamos um equipamento que funcionou muito bem, fizemos os devidos ajustes e melhorias na máquina para atender as necessidades do mercado, que acabou nos trazendo resultados surpreendentes. Hoje nossa proposta é a secagem dos grãos de café, com melhorias na qualidade“, relata Dilnei Redivo.

Atualmente, a empresa dispõe de seis modelos de secadores e sistemas de carga e descarga dos equipamentos, sendo os únicos que conseguem receber o café diretamente da lavoura e realizar o processo de secagem integral em 70 horas ininterruptas.

Em 2015, a Redivo testou o sistema Coffee Special Line, que conseguiu reduzir o tempo de secagem e uniformizar a umidade dos grãos sem parada para fazer transferência de umidade, sendo o único no mundo a fazer isso, o que resultou em excelência na qualidade do café.

Como funciona

O café cereja que vem da lavoura vai diretamente para a máquina,sem necessidade de pré-secagem ou outros processos. O sistema é 100% automatizado e controlado, sem interferência de fatores externos. “Quando se produz um café que chegue a 85 pontos ou mais, contando com a sorte na questão dos fatores externos, é uma loteria. O que oferecemos é ter essa sequência e fazer vários lotes iguais com a mesma qualidade“, informa Dilnei Redivo.

O secador Redivo controla a temperatura e a umidade, diferente de qualquer outro sistema disponível atualmente, que injeta ar aquecido e seco para retirar a umidade dos grãos. Neste último, é preciso parar o processo em certo ponto para deixar os grãos que estão diferenciados na umidade se igualarem,e então continuar o processo de secagem.

No processo com o controle do sistema Coffee Special Line (caixa de secagem), a umidade é reduzida gradativamente até que os grãos mais úmidos se aproximem dos mais secos, sem precisar parar para fazer transferência de umidade.

 

Equipe da Redivo na Agrishow
Equipe da Redivo na Agrishow ” Fotos Fransérgio Leão

Tecnologia que não para

José Cláudio Araújo, gerente comercial da Redivo, acrescenta que a máquina tem o monitoramento remoto via wi-fi, o único com essa possibilidade. A tecnologia possibilita acompanhar a secagem em tempo real, de qualquer lugar do mundo, por meio de um celular ou tablet. “Isso porque um dos nossos objetivos é atender o empresário do café, que do seu escritório poderá ter acesso a todo o processo de secagem, com a certeza que dali sairá mais qualidade“, justifica.

A capacidade da máquina é de 12 a 50 mil litros, enquanto os concorrentes chegam ao máximo de 18mil litros. “Uma colheitadeira colhe, em média, 50 mil litros por dia. Para comportar o que uma máquina está colhendo, o produtor precisaria de três secadores.Mas, com o secador Redivo o produtor consegue pegar todo o café colhido por uma máquina em um dia e colocar em um só secador, e o café fica seco em três dias“, afirma Dilnei Redivo.

Ainda segundo ele, com apenas três secadores Redivo o produtor pode colocar uma colheitadeira para trabalhar por 90 dias seguidos, sem precisar pararnenhum dia ou secar grãos de café no terreiro, ou seja, o terreiro é definitivamente eliminado, assim como as perdas de qualidade de 05 a 20%, ocasionadas por ele.

Mais economia

No secador Redivo, como não há nenhuma interferência externa ou trator passando por cima do grão, a qualidade é mantida. Há, ainda, a questão da economia de mão de obra que é reduzida, refletindo em ganho de tempo, qualidade e dinheiro para o produtor.

“Considerando apenas a redução de custos e perdas que o equipamento proporciona, ele se paga em dois anos e meio. O custo de implantação de uma máquina de 50 mil litros por volume secado é mais barato do que implantar um terreiro para esse volume de café. Além disso, o terreiro não resolve o problema, apenas ajuda. Mas o secador Redivo resolve o problema integralmente, com controle total do sistema de secagem“, compara Dilnei Redivo.

Outra questão importante é que, no sistema de secagem convencional do café, a lavagem acontece para a separação do café – o café boia é colocado no terreiro e em cinco dias é armazenado. Entretanto, se estiver misturado com o cereja, ele poderá levar até 15 dias para ser armazenado.

Na proposta da Redivo, quanto mais o grão estiver cereja, mais condição a máquina terá para trabalhar em cima da qualidade. “Quando o café já passou pelo terreiro por cinco dias, por exemplo, é uma secagem sem controle. Neste período já podem ter ocorrido perdas da qualidade, e por mais que entre no secador Redivo, essas perdas de qualidade não são mais recuperadas. Mas, se o café entrar no secador direto da lavoura, a perda será nula, já que todo o processo é controlado“, garante o empresário.

Essa matéria completa você encontra na edição de junho 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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