Pela primeira vez a Redivo participou da Agrishow. A empresa se sentiu atraÃda pelo evento em virtude de ele ser voltado à alta tecnologia. “Hoje somos a única empresa no Brasil que tem potencial para atender grandes clientes e eliminar o uso de terreiro na secagem de café“, garante Dilnei Stange Redivo, proprietário da empresa.
A Redivo é uma empresa de máquinas fundada em 2003 em Orleans, no Sul de Santa Catarina. Seu foco de trabalho sempre foram os equipamentos para secagem, e em 2013 viu a oportunidade de entrar no segmento do café. “Testamos um equipamento que funcionou muito bem, fizemos os devidos ajustes e melhorias na máquina para atender as necessidades do mercado, que acabou nos trazendo resultados surpreendentes. Hoje nossa proposta é a secagem dos grãos de café, com melhorias na qualidade“, relata Dilnei Redivo.
Atualmente, a empresa dispõe de seis modelos de secadores e sistemas de carga e descarga dos equipamentos, sendo os únicos que conseguem receber o café diretamente da lavoura e realizar o processo de secagem integral em 70 horas ininterruptas.
Em 2015, a Redivo testou o sistema Coffee Special Line, que conseguiu reduzir o tempo de secagem e uniformizar a umidade dos grãos sem parada para fazer transferência de umidade, sendo o único no mundo a fazer isso, o que resultou em excelência na qualidade do café.
Como funciona
O café cereja que vem da lavoura vai diretamente para a máquina,sem necessidade de pré-secagem ou outros processos. O sistema é 100% automatizado e controlado, sem interferência de fatores externos. “Quando se produz um café que chegue a 85 pontos ou mais, contando com a sorte na questão dos fatores externos, é uma loteria. O que oferecemos é ter essa sequência e fazer vários lotes iguais com a mesma qualidade“, informa Dilnei Redivo.
O secador Redivo controla a temperatura e a umidade, diferente de qualquer outro sistema disponível atualmente, que injeta ar aquecido e seco para retirar a umidade dos grãos. Neste último, é preciso parar o processo em certo ponto para deixar os grãos que estão diferenciados na umidade se igualarem,e então continuar o processo de secagem.
No processo com o controle do sistema Coffee Special Line (caixa de secagem), a umidade é reduzida gradativamente até que os grãos mais úmidos se aproximem dos mais secos, sem precisar parar para fazer transferência de umidade.
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Tecnologia que não para
José Cláudio Araújo, gerente comercial da Redivo, acrescenta que a máquina tem o monitoramento remoto via wi-fi, o único com essa possibilidade. A tecnologia possibilita acompanhar a secagem em tempo real, de qualquer lugar do mundo, por meio de um celular ou tablet. “Isso porque um dos nossos objetivos é atender o empresário do café, que do seu escritório poderá ter acesso a todo o processo de secagem, com a certeza que dali sairá mais qualidade“, justifica.
A capacidade da máquina é de 12 a 50 mil litros, enquanto os concorrentes chegam ao máximo de 18mil litros. “Uma colheitadeira colhe, em média, 50 mil litros por dia. Para comportar o que uma máquina está colhendo, o produtor precisaria de três secadores.Mas, com o secador Redivo o produtor consegue pegar todo o café colhido por uma máquina em um dia e colocar em um só secador, e o café fica seco em três dias“, afirma Dilnei Redivo.
Ainda segundo ele, com apenas três secadores Redivo o produtor pode colocar uma colheitadeira para trabalhar por 90 dias seguidos, sem precisar pararnenhum dia ou secar grãos de café no terreiro, ou seja, o terreiro é definitivamente eliminado, assim como as perdas de qualidade de 05 a 20%, ocasionadas por ele.
Mais economia
No secador Redivo, como não há nenhuma interferência externa ou trator passando por cima do grão, a qualidade é mantida. Há, ainda, a questão da economia de mão de obra que é reduzida, refletindo em ganho de tempo, qualidade e dinheiro para o produtor.
“Considerando apenas a redução de custos e perdas que o equipamento proporciona, ele se paga em dois anos e meio. O custo de implantação de uma máquina de 50 mil litros por volume secado é mais barato do que implantar um terreiro para esse volume de café. Além disso, o terreiro não resolve o problema, apenas ajuda. Mas o secador Redivo resolve o problema integralmente, com controle total do sistema de secagem“, compara Dilnei Redivo.
Outra questão importante é que, no sistema de secagem convencional do café, a lavagem acontece para a separação do café – o café boia é colocado no terreiro e em cinco dias é armazenado. Entretanto, se estiver misturado com o cereja, ele poderá levar até 15 dias para ser armazenado.
Na proposta da Redivo, quanto mais o grão estiver cereja, mais condição a máquina terá para trabalhar em cima da qualidade. “Quando o café já passou pelo terreiro por cinco dias, por exemplo, é uma secagem sem controle. Neste período já podem ter ocorrido perdas da qualidade, e por mais que entre no secador Redivo, essas perdas de qualidade não são mais recuperadas. Mas, se o café entrar no secador direto da lavoura, a perda será nula, já que todo o processo é controlado“, garante o empresário.