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Produtores de abacaxi no Triângulo Mineiro apostam em novo modelo de plantio

Técnica já usada no cultivo de morango ajuda na redução de pragas e doenças

 

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O cultivo de abacaxi utilizando o sistema mulching está ganhando espaço no Triângulo Mineiro. A técnica consiste em cobrir com plástico os canteiros onde é cultivada a fruta. O mulching já é muito utilizado na cultura do morango e recentemente passou a ser adotado em algumas propriedades produtoras de abacaxi da região.

Segundo o extensionista da Emater-MG no município de Canápolis, Antônio Carlos Andrielli, o sistema mulching apresenta diversas vantagens em relação ao sistema convencional de plantio. Entre elas estão a redução de mão de obra, maior produtividade, redução do uso de herbicidas, maior retenção de umidade, controle da temperatura e diminuição de pragas e doenças. “Dessa forma, tem-se uma atividade biológica mais favorável, gerando um ambiente mais propício para o desenvolvimento da planta e aumentando a produtividade“, diz o extensionista.

O processo de aplicação do plástico no solo é todo mecânico. Já os buracos onde são plantadas as mudas são feitos manualmente pelo produtor. O plantio das mudas também é manual.

Vantagens

Aindade acordo com Andrielli, as vantagens verificadas com o mulching tornam o sistema mais rentável que o convencional. “A ressalva fica por conta do custo inicial mais elevado, mas que é compensado, no final, pelo aumento da produtividade e diminuição do custo. A tendência é que em alguns anos tenhamos uma adoção maior dessa técnica por parte dos produtores“, diz o técnico.

Em média, segundo ele, o custo inicial para implantar o sistema mulching fica 20% mais caro do que o método convencional. Por outro lado, o extensionista da Emater-MG também diz que, com o sistema mulching, o fruto do abacaxi tem um ganho de peso de 400 gramas, em média. Ele ainda afirma que, por essa técnica, há um aumento da produtividade por hectare de 33% em relação ao sistema convencional.

Aceitação

Produtores dos municípios de Canápolis e Frutal têm adotado a técnica. Ao todo são 40 produtores – 30 em Canápolis e 10 em Frutal. A área cultivada nesses dois municípios é de 250 hectares.

Há quatro anos, o produtor Celismar Gouveia Moura decidiu investir no sistema mulching e também mantém uma lavoura no modelo convencional, ambas em Canápolis. Segundo ele, a produtividade da lavoura no sistema mulching é maior.

As duas lavouras têm 20 hectares. Porém, enquanto a lavoura convencional produz em um ano e meio cerca de 30 mil quilos por hectare, no sistema mulching a produção chega a 40 mil quilos por hectare, em um ano.

“O sistema mulching é mais viável economicamente. Produz mais com mais rapidez. Nesse modelo, o fruto ganha mais peso, não se perdem mudas, não se gasta herbicidas e ganha em qualidade“, diz Moura. Para os próximos anos, o produtor planeja plantar apenas no sistema mulching, abandonando o modelo convencional.

“Esse sistema veio para ficar. Muitos agricultores estão aderindo à ideia“, afirma Celismar Moura.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2015  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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