Dados apresentados no Sumário Executivo do Café – Posição: julho/2019, elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), apontam que a produção de café arábica no Brasil está presente em cinco regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste) e ocupam uma área total de 1,47 milhão de hectares, com uma produção estimada de 36,98 milhões de sacas de 60 kg e produtividade média de 25,16 sacas por hectare em 2019.
A região sudeste concentra os maiores Estados produtores de arábica, com as lavouras ocupando 1,34 milhão de hectares. Minas Gerais, que é o maior Estado produtor do País, conta com 977 mil hectares, que correspondem a 73% do total da região. O Estado deverá produzir 26,12 milhões de sacas, com produtividade de 26,73 sacas por hectare. Em segundo lugar vem São Paulo, com 202,56 mil hectares (15%), que tem a produção calculada em 4,64 milhões de sacas e produtividade de 22,93 sacas por hectare.
Em terceiro lugar na produção de café arábica na região sudeste vem o Estado do Espírito Santo, que ocupa 152,10 mil hectares, área que equivale a 11% do cultivo de arábica na região, com produção de 3,29 milhões de sacas e produtividade de 21,65 sacas por hectare. Na sequência vem o Rio de Janeiro, com produção de 328 mil sacas numa área de 11,79 mil hectares (1%) e produtividade de 27,8 sacas por hectare.
Demais regiões
Já no Nordeste, o maior Estado produtor de arábica é a Bahia, que neste ano terá uma produção de 1,24 milhão de sacas e produtividade de 16,38 sacas por hectare em uma área de 75,5 mil hectares.
Na região sul, somente o Paraná produz numa área de 37,40 mil hectares, com produção estimada em 1,05 milhão de sacas e produtividade de 28,07 sacas por hectare. Por fim, no Estado de Goiás, região Centro-Oeste, a produção de café arábica para este ano foi calculada em 236 mil sacas, numa área de 6,56 mil hectares, com produtividade de 35,94 sacas por hectare.
O café canéfora, em específico o conilon, conta com uma área de produção de 373,22 mil hectares, com volume de 13,93 milhões de sacas e produtividade de 37,34 sacas por hectare. Um estudo comparativo similar da área em produção, produtividade e volume produzido indica que a maior região macroeconômica produtora é a Sudeste, com 9,82 milhões de sacas produzidas e produtividade de 39,04 sacas por hectare, numa área de 251,45 mil hectares.
Nesse caso, somente os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais produzem o grão. O Espírito Santo, com área de 241,80 mil hectares, produtividade de 39,25 sacas por hectare e produção de 9,49 milhões de sacas, representa 96,6% do volume produzido na região.
A região norte, que é a segunda maior produtora de café conilon, com 2,12 milhões de sacas produzidas exclusivamente no Estado de Rondônia, tem produtividade de 33,83 sacas por hectare em uma área de 62,73 mil hectares. Na sequência, a região nordeste, em específico o Estado da Bahia, com produção calculada em 1,80 milhão de sacas numa área de 46,90 mil hectares e produtividade de 38,38.
Por último, a região centro-oeste, que produz essa variedade de café somente no Estado do Mato Grosso, tem produção calculada em 119 mil sacas e produtividade de 14,07 sacas por hectare, numa área de 8,44 mil hectares. Entretanto, referida espécie não é cultivada na região Sul.
Segundo o estudo, os Estados do Ceará, Amazonas, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal também produzem café arábica, mas não tiveram as suas respectivas safras quantificadas individualmente. Tal fato se estende ao café conilon, que é cultivado no do Acre, Amazonas, Pará e Ceará, e que também não tiveram esses dados individualizados.