Em 31 de janeiro comemora-se o Dia Internacional das RPPNs, as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. RPPN é uma categoria de unidade de conservação que implica a existência de um dono, que deve promover equilíbrio ambiental e qualidade de vida para as pessoas no entorno da área. “Esta data reforça a importância da atuação do setor privado para a conservação da natureza. A Bahia é, hoje, o 4º estado em plantios de eucalipto (com 700 mil hectares) para fins comerciais. Além desses hectares, as empresas preservam outros 330 mil hectares de florestas nativas. Por aqui são plantadas 250 mil árvores por dia”, informa Wilson Andrade, diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF).
Para marcar a data, a Confederação Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (CNRPPN) lança, em 31/01, o livro “RPPNs para sempre: contos, encantos e desafios” por meio de uma live, no canal de YouTube da TV RPPN Brasil, às 19h, com a presença de Márcia Hirota, presidente da fundação SOS Mata Atlântica, e Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA).
Entre os exemplos no livro, há um capítulo dedicado à Estação Veracel, a maior RPPN de Mata Atlântica da região Nordeste do Brasil. Neste ano, a área protegida completará 25 anos de trabalho de preservação e educação ambiental sobre a conservação do bioma Mata Atlântica no Sul da Bahia. A reserva fica nos municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, com uma área total de 6.069 hectares.
Outros exemplos positivos
A Bracell, na Bahia, é proprietária da maior RPPN desta região: a Lontra, com 1.377 hectares, na divisa de Entre Rios e Itanagra. A unidade, certificada pelo governo baiano como uma das três Áreas de Soltura de Animais Silvestres da empresa, é um Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
A Ferbasa, com principal atuação no Litoral Norte da Bahia, integra várias unidades de plantios de florestas renováveis de eucalipto. Do ativo florestal, a companhia preserva como reserva de matas nativas mais do que o estabelecido pela legislação (20%) – dos quais, 1.243 hectares de áreas aprovadas como RPPN.
A Suzano, no Extremo Sul baiano, tem um total de 116.994 hectares de áreas destinadas à preservação no estado. Destes 12.200 hectares são de Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC), de grande importância para a conservação devido a presença de diversidade biológica, ecossistemas para conservação das espécies ou que se encontram ameaçados. Entre os compromissos da companhia está a Meta “Conservar a Biodiversidade”, que pretende conectar, por meio de corredores ecológicos, mais de meio milhão de hectares de fragmentos de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030.