A carne suína brasileira tem conquistado o paladar da população mundial e levado os suinocultores do país a aumentar a produção dessa proteína. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam que a produção de carne suína alcançou crescimento de 49% nos últimos dez anos, chegando a 5,2 milhões de toneladas neste ano (+1% em relação a 2023). Parte deste aumento se deve às exportações, que responderam por cerca de 24% da produção total e devem chegar a 1,325 milhão de toneladas neste ano, acima do 1,23 milhão de 2023 (+7,7%).
Para atender a esta demanda, além da alimentação balanceada dos animais, o uso de probióticos figura entre as alternativas mais consistentes na melhoria da saúde e performance dos suínos. Felipe Labarca, gerente comercial de Suínos da Novonesis, explica que a companhia — que é líder em probióticos para saúde animal — lançou recentemente um novo probiótico para suínos contendo duas cepas selecionadas pela eficácia e segurança.
As cepas Bacillus subtilis e Bacillus amyloliquefaciens, do novo probiótico Solpreme, foram desenvolvidas especificamente para serem fornecidas via ração para fêmeas suínas gestantes, lactantes e seus leitões durante as fases de lactação e creche. Essas duas cepas têm alta capacidade de inibição de patógenos, especialmente contra Clostridium perfringens e Escherichia coli, causadores de diarreia em leitões lactentes e desmamados.
Essas são enfermidades que causam grandes perdas econômicas na suinocultura prejudicando o desenvolvimento e uniformidade dos leitões
A medida de uniformidade de peso em um grupo é calculada pelo coeficiente de variação (CV), que corresponde à média de peso dos indivíduos do grupo. Com o uso de probióticos, estima-se uma melhora de 1% na uniformidade no momento do abate, o que equivale a ganhos de R$ 3,20 a R$ 8,00 por suíno produzido.
Labarca acrescenta que probióticos à base de Bacilos, apresentam resultados consistentes para melhoria no ganho de peso diário em leitões, além de reduzir em torno de 30%, a diarreia pós-desmame em suínos.
Outro benefício verificado com o uso de probióticos na alimentação animal é a promoção da melhor saúde na granja, reduzindo a necessidade de tratamentos terapêuticos. Consequentemente, tal benefício reduz a indução de resistência a antibióticos pelo seu uso excessivo. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a resistência a antibióticos e o surgimento de ‘superbactérias’ representam grandes ameaças à saúde global, à segurança e ao desenvolvimento de alimentos atualmente.
Rebanho saudável
A adoção de probióticos à base de bacillus em fêmeas promove um melhor equilíbrio da microbiota, promovendo uma melhor condição corporal, o que favorece as funções reprodutivas dos animais. Menor perda de peso durante a lactação e menor retorno ao cio são benefícios observados com uso dos probióticos.
Labarca acrescenta que uma fêmea saudável e em boa condição corporal, poderá desmamar leitões mais fortes, com mais saúde e melhor uniformidade. Com isso, os produtores ganham em peso de carcaça produzida com qualidade.