Especialistas
debaterão a produção de alimentos alinhada à sustentabilidade e os desafios do
produtor no mundo pseudoambiental
Os desafios sustentáveis para as lavouras estarão em pauta na 32ª edição da
Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. Na tarde de
quarta-feira, 18 de fevereiro, a programação de painéis encerrará com o debate
“A produção de alimentos alinhada à sustentabilidade ambiental: desafios do
produtor (gaúcho) no Mundo Pseudoambiental”. Participam da discussão o diretor
jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul
(Federarroz), Anderson Belloli, o vice-presidente da Federação da Agricultura
do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Domingos Velho Lopes, e a pesquisadora
do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Mara Grohs, mediados pelo
presidente da Comissão de Agricultura da Federação das Associações dos
Municípios do RIo Grande do Sul (Famurs), Sílvio Rafaeli.
Segundo Belloli, o painel ambiental da Abertura Oficial da Colheita do arroz
foi formatado dentro da ideia geral da programação do evento, que almeja levar
informações ao produtor sobre como será a produção de alimentos no
Pós-Pandemia. “No que tange especificamente ao painel, o escopo é,
primeiramente, chamar atenção do setor acerca da necessidade de estar atento às
exigências legais ambientais vigentes no país. Além disso, busca mostrar à
sociedade brasileira que o produtor alia alimento com sustentabilidade ambiental.
E, por fim, postular junto ao Estado brasileiro que não aceite passivamente
insinuações sobre a produção de alimentos no Brasil de líderes estrangeiros,
que, não raro, usam desse discurso com o objetivo de criar factoides aptos a
reverter, na verdade, barreiras comerciais aos produtos agrícolas do
país”, destaca.
Velho Lopes coloca que a ideia também é colocar a visão do produtor rural, em
especial o arrozeiro, dentro do contexto da COP 26. “A COP 26 teve um grande
mérito em colocar a atividade agrossilvipastoril como parte da solução dos
efeitos dos gases de carbono, não só o metano na parte de pecuária mas toda a
emissão de carbono de toda a cadeia. Então a ideia é colocar a par o produtor
rural dentro deste contexto, com uma visão proativa, dentro do desenvolvimento
sustentável onde o tripé preservação do meio ambiente, evolução social e
desenvolvimento econômico andam em paralelo. Essa é a finalidade, a colocação
do produtor como parte da solução dos gases de efeito estufa e o balanço de
carbono dentro atividade produtiva rural”, ressalta, acrescentando também que
serão relatadas as ações coletivas das entidades em prol do arrozeiro quanto às
resoluções que norteiam as atividades orizícolas.
Mara reforça também outros pontos que serão discutidos durante este debate. “O
painel abordará a temática da sustentabilidade da lavoura de arroz irrigado
sendo uma das temáticas a emissão de gases do efeito estufa e a qualidade da
água utilizada na cultura”, salienta.
Mediador do debate, Rafaeli reforça que os três especialistas vão discorrer
sobre o que o produtor vive dentro da lavoura, nesse sistema onde é preciso
mostrar para a sociedade o quanto o agricultor é alinhado com a
sustentabilidade, à fauna e à flora que existem dentro do cenário agrícola. “Tenho
certeza que este tema será de extrema importância porque o mundo nos vê como
malfeitores e temos que tirar essa ideia. Quanto mais a sociedade ver o que
acontece dentro de uma lavoura terá a nitidez de que o produtor está alinhado
com a preservação”, frisa.
A 32ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas
seguirá o formato híbrido com atividades presenciais e on-line. A programação
contará com as vitrines tecnológicas, feira, palestras e debates, homenagens e
ato da Abertura Oficial. A organização é da Federarroz com correalização da
Embrapa e patrocínio Premium do Irga e do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Informações e inscrições podem ser obtidas pelo aplicativo
Colheita do Arroz ou no site www.colheitadoarroz.com.br.