De acordo com a ONU, a população mundial deve atingir 9,7 bilhões de pessoas até 2050. De olho nesta perspectiva, nunca foi tão urgente que a produção agrícola acompanhasse o aumento da demanda mundial, de forma a elevar a produtividade, mas principalmente preservando o planeta. Devido à tamanha importância, o tema sustentabilidade será amplamente discutido por especialistas durante o TecnoAgro, realizado em Uberlândia, nos dias 17 e 18 de julho, no Castelli Master.
Joanita Maestri Karoleski, presidente do Fundo JBS pela Amazônia, é uma das palestrantes no evento com o tema: “Agronegócio Sustentável: Combinando Produtividade e Práticas ESG”. Ela mostrará como a sustentabilidade, a inovação e a tecnologia são as alavancas principais do agro. “O maior desafio é trabalhar a inclusão do pequeno produtor no cenário agro brasileiro, considerando a sustentabilidade, principalmente se olhar o bioma amazônico. Estamos desenvolvendo projetos que sejam modelo, justamente para dar acesso e criar condições diferentes para o pequeno produtor. Queremos que tenham condições de buscar sustentabilidade, através do uso recursos naturais e redução de passivos ambientais, mas também assistência técnica, crédito e inovação e tecnologia”, enfatiza.
A sustentabilidade também ganhará voz com a palestra da pesquisadora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)/Satis, Iara Rossi, que abordará “O impacto dos produtos microbiológicos para a sustentabilidade do agro”. Os pontos-chave da palestra serão a integração entre a universidade e o setor privado para o avanço das pesquisas em bioinsumos microbiológicos, uma vez que a Fapemig, juntamente com a empresa Satis, possui um projeto que visa prospectar novos micro-organismos passíveis de serem usados na agricultura. “A seleção e a análise minuciosa do potencial dos microrganismos demanda tempo de pesquisa, recursos financeiros e profissionais capacitados. Um dos maiores desafios é a integração entre pesquisadores, indústria e produtores. A Satis e a UFU têm procurado melhorar essa integração, com o desenvolvimento do nosso projeto”, afirma Iara.
Ela explica que há desafios, mas também avanços que envolvem aumento da produtividade, além de reduzir a utilização de produtos químicos, e consequentemente, a redução dos impactos ambientais. “Nos últimos anos vem sendo registrado grande aumento nas vendas de bioinsumos, promovendo certa visibilidade ao tema. Assim, há maior interesse dos setores de pesquisa, indústria e produção em investir recursos financeiros e de pessoal para as novas pesquisas. Especificamente, na microbiologia, hoje há técnicas sensíveis que permitem a caracterização completa dos micro-organismos bem como as atividades no setor agrícola. Além disso, com as ferramentas modernas de manipulação genética, é possível a produção aumentada de determinadas substâncias, aumentando ainda mais a produtividade. Entretanto, o caminho ainda é longo e necessitamos de muita pesquisa neste assunto”, disse Iara.
O “Agronegócio brasileiro: geração de riquezas e preservação ambiental e impacto social” será o tema da palestra do economista-chefe da FARSUL, Antônio Luz. “Vou tratar de um grande ativo que o Brasil construiu, mas ainda não sabe direito como usar. Somos a maior potência agroambiental do planeta e não sabemos o que fazer com isso”.
Além de assistir a cerca de 23 apresentações, entre palestras e painéis, com conteúdos que vão desde a Internet das Coisas e a revolução 5.0 no campo até o futuro e perspectivas para o agronegócio, o público também poderá visitar vários estandes de expositores, espaço de inovação de startups, feira de produtores e também apresentações culturais. O ambiente ainda contempla palco principal, auditórios, praça de alimentação e até um estúdio de videocast para gravações que, posteriormente, ficarão disponíveis no canal do Youtube “negociosintegração”.
A programação completa pode ser acessada pelohttps://eventotecnoagro.com.br.
O TecnoAgro é realizado pela TV Integração, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e do governo do Estado de Minas Gerais e apoio institucional do Sindicato Rural de Uberlândia, Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), EPAMIG, EMATER Minas Gerais e SEAPA.