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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Material clonal é fundamental para sucesso na heveicultura

 

José Geraldo Mageste

Engenheiro Florestal, doutor em Ciências Florestais e professor da UFVJM à disposição da Universidade Federal de Uberlândia

jgmageste@ufu.br

Ariel Santivañez Aguilar

EngenheiroAgrônomo, Universidad Mayor de San Simón, especialista em Agroecología y Soberanía Alimentaria – Universidad Internacional de Andalucia

ariel_trex89@hotmail.com

Ernane Miranda Lemes

Engenheiro Agrônomo, mestre em Fitopatologia, doutorando em Fitotecnia ” Universidade Federal de Uberlândia

ernanelemes@yahoo.com.br

 

Crédito Borbrás
Crédito Borbrás

Atualmente, encontra-se disponível para plantio uma série de clones que variam em suas características. Entretanto, a opção deve ser feita com certos cuidados, pois as características peculiares de cada clone podem ser limitantes ao processo de consorciação. Assim, os clones que, por exemplo, apresentam copas menos densas com período regular de troca de folhas são os mais indicados.

Importância dos clones para a heveicultura

O fator que normalmente mais influencia a produtividade de um seringal é o material genético plantado. É importante a escolha de clones que propiciem alta produção durante os primeiros anos de sangria, bem como seu ciclo econômico; que respondam bem à estimulação (feita por bioestimulantes de fácil aplicação), à baixa intensidade esangria(paraseeconomizaramãodeobra) equeapresentemcrescimento satisfatório (para reduzir os custos de implantação) antes e depois da entrada da fase de produção (para proporcionar lucros constantes).

Com base nesses caracteres clonais, o heveicultor poderá assegurar alta produção, aliada à alta taxa de retorno sobre o investimento aplicado e em curto espaço de tempo.

Clones não adaptados às condições do local resultam em redução do potencial de produção. Já aqueles suscetíveis à quebra de galhos e copa não podem ser plantados em locais com ventos fortes e constantes, sem qualquer proteção.

Existem muitos clones disponíveis no mercado que atendem as necessidades do heveicultor - Crédito Shutterstock
Existem muitos clones disponíveis no mercado que atendem as necessidades do heveicultor – Crédito Shutterstock

O clone certo

É bom lembrar que fazer proteção de seringais é caro, difícil e tem que apresentar retornos financeiros. Clones suscetíveis ao mal-das-folhas (doença de maior impacto no Brasil, principalmente nas regiões de clima quente e úmido ” tropical) não devem ser plantados em clima superúmido.

O clone RRIM 600, altamente produtivo, mas suscetível à quebra de copa, produzirá mais em locais pouco afetados pelo vento. A sua sigla significa RuberResearchInstituteofMalasian ” Instituto de Pesquisa da Borracha da Malásia. Ele foi desenvolvido naquele país e é bem adaptado às condições brasileiras onde a doença não ocorre de maneira epidêmica, principalmente no Planalto Paulista, Triângulo Mineiro e Sul de Goiás.

Os clones, como material para o estabelecimento de um seringal, apresentam várias vantagens, sendo a mais importante delas a uniformidade exibida pelos seus indivíduos.

Todas as árvores de um mesmo clone, sob as mesmas condições climáticas, apresentam baixa variabilidade em relação a diferentes caracteres da árvore, como: vigor, espessura de casca, produção, propriedades do látex, senescência anual de folhas (troca de folhas anualmente), nutrição e tolerância às pragas e doenças. De certa forma, isso possibilita ao heveicultor adotar um manejo fácil e econômico, além de funcional.

Com um crescimento uniforme, o número de árvores de um seringal que necessita ser descartado, seja por ataque de doenças,crescimento indesejado ou qualquer outra anomalia, é sempre menor.

Outro ponto importante a se considerar no clone é a uniformidade das propriedades do látex. Para propósitos industriais específicos, ele é mais bem apreciado, considerando-se essa uniformidade essencial. Por meio de clones com caracteres específicos diferenciados é possível a seleção de material para as mais diversas situações exigidas.

O clone garante uniformidade das propriedades do látex - Crédito Shutterstock
O clone garante uniformidade das propriedades do látex – Crédito Shutterstock

Clones x materiais convencionais

Em primeiro lugar, é preciso considerar como convencional o uso de clones. Não se deve fazer, em hipótese alguma, a instalação de seringais com mudas vindas de sementes sem enxertia – será prejuízo na certa.

Enquanto uma árvore de “pé franco“ (aquela que não é enxertada) produz 10 a 15 ml de látex/sangria, os indivíduos clonais produzirão de 150 a 180 ml/sangria.

Todas as árvores de um mesmo clone, sob as mesmas condições ambientais, apresentam baixa variabilidade em relação a diferentes caracteres, como: vigor, espessura de casca, produção, propriedades do látex, senescência anual de folhas, nutrição e tolerância às pragas e doenças.

De certa forma, isso possibilita ao heveicultor adotar um manejo fácil e econômico. Com crescimento uniforme, o número de árvores de um seringal que necessita ser descartado é sempre menor. Outro ponto importante a considerar no clone é a uniformidade das propriedades do látex.

Para propósitos industriais específicos, ele é mais bem apreciado, considerando essa uniformidade essencial. Por meio de clones possuidores de caracteres específicos diferenciados é possível a seleção de material para as mais diversas situações exigidas.

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Essa matéria completa você encontra na edição de outubro/novembro  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

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