20.6 C
Uberlândia
domingo, novembro 24, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioNotíciasProdutos de origem se diferenciam em feira da indústria alimentícia

Produtos de origem se diferenciam em feira da indústria alimentícia

Empresas apoiadas pelo Sebrae participam da maior feira do setor de alimentos e bebidas das Américas

As suculentas castanhas do estande da Cooperacre.
Túlio Vidal

Com o apoio do Sebrae, micro e pequenos negócios representativos do setor de alimentos e bebidas participam da Anuga Select Brazil, maior feira do segmento das Américas, com barras e drágeas de chocolate à base de cacau orgânico, cafés de terroir, cultivados em região vulcânica, mel de seiva da árvore bracatinga e castanhas brasileiras de origem controlada, entre outros itens que chamam a atenção em meio a profusão de opções industrializadas.

No evento B2B (empresa para empresas) que acontece em São Paulo (SP) de 9 a 11 de abril, empreendedores e cooperados inovadores exploram o apelo gourmet da fabricação em escala limitada de alimentos certificados e apostam na sustentabilidade de seus negócios. “Produtos e serviços diferenciados aumentam a chance de sobrevivência das micro e pequenas empresas”, afirma Luiz Rebelatto, analista da Unidade de Competitividade do Sebrae.

Novos mercados 

Buscar novos mercados e chegar direto ao consumidor final, sem intermediários, está nos planos de Tião Aquino, à frente da Cooperacre, cooperativa de produtores de castanha, que reúne as regiões do Acre, Rondônia, Amazônia, Pará e Amapá. “Queremos tirar o atravessador e agregar o Pagamento de Serviço Socioambiental (PSSA) no custo final, que já é praticado na venda do látex.”

Assim como a castanha, o látex também é oriundo de floresta nativa. E, segundo Aquino, é o Acre e não o Pará o maior produtor do fruto. “O nome tem a ver com o processo final, o beneficiamento, que antigamente era feito no Pará”, explica.

Quem passava pelo espaço da cooperativa no estande do Sebrae parecia não se importar de qual estado eram as robustas e crocantes castanhas em degustação, comercializadas como “Castanha do Brasil”. “O Sebrae nos ajudou na elaboração da marca coletiva e no processo de rastreabilidade”, informava o gestor.

Já a Federação de Apicultores de Santa Catarina (Faasc) aproveita a oportunidade de estar na feira para expor o mel de melato da bracatinga, obtido a partir da seiva da árvore homônima. Exclusivo do planalto sul brasileiro, é mais escuro e viscoso que os similares florais e silvestre e com propriedades medicinais. “É um mel premiado, exportado para a Alemanha, mas precisamos explorar o mercado interno”, diz o apicultor João Victor Stanga, administrador da marca Sulmel.

Outra empresa que pretende ampliar o mercado interno é a Clemens, de chocolates artesanais. Com foco em drágeas e barras com alto teor de cacau orgânico da Bahia, valorizados em embalagens coloridas, a fábrica e loja nasceram em Brasília com o conceito bean-to- bar (do grão à barra), em janeiro de 2020. “Contamos com o apoio do Sebrae desde o plano de negócios”, lembra o fundador Mário Gisi.

Da região de Minas Gerais, o Sebrae trouxe os cafés da região vulcânica, cultivados também em municípios fronteiriços do Estado de São Paulo, como São Sebastião da Grama. “Percebemos o terroir incrível para a produção de cafés especiais e resolvemos ampliar a nossa marca”, conta Cristina Meirelles, da família proprietária do
Café Fazenda Floresta. O produto é vendido em empórios e cafeterias já que as exigências das grandes redes de supermercados, segundo ela, inviabilizam qualquer tipo de parceria comercial.

De fato, diz Rebelatto, o pequeno empreendedor tem que buscar no mercado um comércio que reconheça o valor do seu produto. “O foco final é o consumidor mais consciente, que se preocupa com o que leva à mesa”, reforça.

Por sinal, o programa “Do Brasil à Mesa – produtos de origem”, do Sebrae Nacional, aproveita o evento para divulgar a plataforma digital que cataloga produtores nacionais de alimentos e bebidas diferenciados, como estratégia de promoção e divulgação dos micros e pequenos negócios.

Outra ferramenta que o Sebrae disponibiliza é um autodiagnóstico ESG (sigla em inglês para práticas de gestão responsável que levam em conta o impacto ambiental e social da empresa), disponível em sebrae.com.br/esg. “Adotar práticas sustentáveis não é custo, é investimento”, ressalta o analista da Unidade de Competitividade do Sebrae Bruno Lopes.

ARTIGOS RELACIONADOS

Dia Mundial do Leite

No dia 1° de junho é comemorado o Dia Mundial do Leite. A data foi criada em 2001, pela Organização das Nações Unidas para...

Afinal, o que é fertilizante?

O fertilizante nada mais é do que um alimento para as plantas e tem a tarefa de ajudar os agricultores a produzir o alimento necessário para a crescente população mundial.

Aposta: Hortaliças inusitadas para conquistar mercados

Nos últimos anos a busca por alimentos saudáveis vem crescendo. Com a onda “fitness”, produtos de baixa quantidade de calorias e alto valor nutricional são considerados essenciais para uma vida saudável, dentre os quais as hortaliças são grandes aliadas para uma dieta nutritiva.

Com as cheias no RS pode faltar comida no Brasil

"Um plano de ação governamental consistente e proativo, seria a concessão de crédito emergencial e a ampliação do acesso ao seguro agrícola", diz especialista

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!