Isaías Antonio de Paiva
Consultor e doutorando em Agronomia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
paiva.isaiasantonio@gmail.com
O biopotencializador é uma solução que estimula a absorção de nutrientes e protege as culturas dos efeitos dos estresses provocados pelas altas temperaturas, geadas e falta de chuva.
Com o uso dessa ferramenta, mesmo com a temperatura elevada, a planta protegida e com boa luminosidade, manejo fitossanitário e nutrição é capaz de fazer uma fotossíntese melhor e obter mais produtividade a cada safra.
Biopotencializador contra El Niño
Os biopotencializadores são produtos que possuem em sua composição substâncias que irão auxiliar o metabolismo da planta, potencializando sua fotossíntese pela mitigação de estresses bióticos e abióticos.
As substâncias presentes nos produtos contribuem para a síntese de compostos proteicos, como enzimas e proteínas, que irão auxiliar a nutrição da planta em momentos específicos.
Eficácia
Os principais ingredientes ativos que compõem os biopotencializadores são nutrientes minerais, macro (nitrogênio, enxofre e magnésio) e micro (molibdênio, cobre, ferro, cobalto e zinco), além de substancias húmicas.
Quando as plantas enfrentam algum tipo de estresse, principalmente os abióticos (geada, falta de chuva e altas temperaturas), um dos primeiros passos da planta é realizar o fechamento estomático.
Quando isso ocorre, todo o metabolismo é reduzido e a planta diminui a absorção de água e nutrientes do solo, bem como a produção de compostos bioquímicos essenciais (proteínas e enzimas, por exemplo), ou seja, a planta em situação de estresse diminui todo seu metabolismo.
Os biopotencializadores têm o potencial de auxiliar as plantas a se nutrirem melhor e assim formar uma “reserva” maior e estarem mais bem preparadas para situações de estresse. A depender do produto e recomendação, eles podem ser posicionados em momentos específicos para incentivar a manutenção da fotossíntese, em momentos específicos.
Impacto nas plantas
O possível impacto dos biopotencializadores é melhorar a absorção de nutrientes, a qual pode ser potencializada com o uso de substâncias húmicas no tratamento de semente, a fim de melhorar a retenção de cátions e possível absorção.
E, quando feita a pulverização via foliar, o produto pode “reativar” a fotossíntese da planta, voltando assim a absorção de nutrientes.
Uma planta bem nutrida e livre de patógenos ou pragas tem todo potencial para produção, entretanto, caso esteja com uma pressão elevada de patógenos ou pragas, sua fotossíntese estará comprometida, devido ao estresse biótico causado por fungos, vírus, insetos, etc.
Dessa forma, o potencial do biopotencializador é diminuído drasticamente. Ou seja, para uma boa eficiência do biopotencializador, é ideal que se tenha uma área com boa sanidade.
Ele é uma das ferramentas utilizadas de um conjunto maior de técnicas e ações que levarão a uma produtividade satisfatória, mesmo em situações de estresse.