31.6 C
Uberlândia
segunda-feira, setembro 16, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioDestaquesCafé: entenda possíveis consequências do La Niña sobre o mercado internacional

Café: entenda possíveis consequências do La Niña sobre o mercado internacional

Arquivo

A Hedgepoint Global Markets aborda, em relatório, as consequências do fenômeno La Ninã sobre o mercado de café. Esta semana, o CPC (Centro de Previsão Climática dos EUA) divulgou a atualização sobre a direção do status ENSO para os próximos meses. Segundo a agência, deverá ocorrer um breve período de transição do atual El Niño para um La Niña ativo no próximo mês; espera-se que o último se forme no trimestre de junho a agosto.

De acordo com Natália Gandolphi, analista de Café da Hedgepoint, para o mercado cafeeiro, isso muda um pouco o panorama, em comparação com as expectativas anteriores. Isto se deve ao fato de que se esperava que o La Niña ficasse ativo mais cedo – o que, por exemplo, eliminaria parte da pressão climática para o desenvolvimento da safra 24/25 no Vietnã, que atualmente sofre os impactos do El Niño.

Embora os preços tenham corrigido com previsões que sugerem que as regiões produtoras de café no Vietnã começariam a registar níveis médios de precipitação até a terceira semana de Maio – e, de fato, algumas chuvas ocorreram no Planalto Central – os níveis cumulativos permanecem substancialmente abaixo da média.

“Além disso, o momento muda o foco também para a safra brasileira, uma vez que o fenômeno deverá ficar ativo no início da florada para o desenvolvimento da safra 25/26”, diz a analista.

A transição entre os dois status ENSO deve demorar mais do que o inicialmente esperado. Com isso, o foco se volta para o 3° tri: em setembro, o fenômeno pode gerar stress hídrico no Brasil, a exemplo do impacto na safra 21/22 – as anomalias de precipitação e temperatura estão destacadas nos mapas da Figura 3, indicando o clima que pode ficar mais quente e seco.

Também vale atenção para América Central, uma vez que o La Niña pode intensificar a temporada de furacões na região, e também para a Colômbia, com temperaturas mais altas em algumas das áreas produtoras de café. Com a manutenção do fenômeno até o final do ano, em outubro, as preocupações diminuem no Brasil, mas se mantêm para a América Central. Na Colômbia, regiões pontuais podem registrar redução do volume de chuvas – atenção especial para a safra principal”, destaca.

“Neste cenário, a transição mais tardia entre fenômenos acaba trazendo mais preocupações para o Vietnã no curto prazo, enquanto o destaque para o Brasil deve acontecer no médio prazo, focando na safra 25/26”, conclui.

Em resumo
O Centro de Previsão Climática dos EUA prevê uma transição de El Niño para La Niña no próximo mês. Uma transição tardia significa que El Niño ainda terá mais influência sobre o desenvolvimento da safra 24/25 do Vietnã.
   
Apesar de algumas chuvas no Planalto Central, a precipitação geral permanece abaixo da média. A atenção também se volta para a safra 25/26 do Brasil, já que La Niña pode causar estresse hídrico semelhante ao ocorrido na safra 21/22, em setembro. América Central e Colômbia podem experimentar temporadas de furacões mais intensas e temperaturas mais altas, respectivamente.
   
Embora as preocupações diminuam no Brasil em outubro, elas persistem na América Central. Esse atraso na transição apresenta preocupações a curto prazo para o Vietnã e atenção a médio prazo para a safra 25/26 do Brasil.

ARTIGOS RELACIONADOS

Maturação do café: como garantir?

Especialistas da Satis orientam sobre as principais ações a serem adotadas pelos produtores na maturação do café.

Fortalecedor de plantas reduz perdas e impulsiona cafeicultura

Testado nas lavouras de MG e SP, bioestimulante desenvolvido pela multinacional BioAtlantis oferece um auxílio significativo para o desenvolvimento dos cafezais.

Controle biológico de pragas do café

Um projeto de pesquisa em Entomologia Agrícola, apoiado pela Fapesp – Fundação de ...

Seca que assola o país deixa marcas na agricultura

As perdas em produtividade das culturas agrícolas são estimadas pela Céleres em 6% para a soja (atingindo 2,8 t/ha na média nacional) e...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!