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Como enfrentar a resistência aos antiparasitários em bovinos

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Um dos grandes desafios da pecuária brasileira é implantar o controle efetivo dos parasitas para assegurar a saúde dos animais e a eficiência dos sistemas de produção. Estimativas já conhecidas dão conta de que as verminoses podem causar prejuízos anuais da ordem de 7 bilhões de dólares e, de acordo com a Embrapa, as perdas por verminoses podem ser de 20% a 30% na produção de leite e de carne.

Produtores e profissionais da pecuária têm observado uma crescente resistência anti-helmíntica (antiparasitários) nos últimos anos. Trata-se de um fenômeno no qual os parasitas gastrointestinais, vermes, carrapatos e moscas, desenvolvem meios de sobreviver ao tratamento com os medicamentos antiparasitários que antes eram eficazes.

A resistência anti-helmíntica ocorre quando os parasitas, como os vermes gastrointestinais por exemplo, desenvolvem a capacidade de sobreviver aos tratamentos com medicamentos anti-helminticos. Essa é uma estratégia biológica que os parasitos encontram para perpetuarem sua existência. Isso significa que os parasitas não são mais eliminados pelos medicamentos, tornando o controle das infecções parasitárias mais difícil. Em outras palavras, trata-se da capacidade desenvolvida pelos parasitas em sobreviver ao anti-helmíntico.

A resistência pode surgir devido ao uso frequente e inadequado de anti-helminticos, permitindo que os parasitos resistentes sobrevivam e se reproduzam, e com o tempo cria-se uma população totalmente resistente aos antiparasitários.

“As verminoses provocam retardo no desenvolvimento e ganho de peso porque os animais comem menos e o alimento ingerido não cumpre a sua função de nutrir, uma vez que os vermes competem por esses nutrientes no organismo”, explica o médico-veterinário Elio Moro, gerente de serviços técnicos da Zoetis na área de Ruminantes. Os parasitas podem ainda causar lesões na parede do intestino, anemia, diarreia e, em alguns casos, dependendo das condições do animal, provocar a morte dos bovinos.

As consequências econômicas para a pecuária podem ser graves, com tratamentos menos efetivos, com doses maiores ou mais frequentes, elevando os gastos produtivos. Além disso, parasitas resistentes podem se propagar por propriedades e regiões, tornando-se assim uma ameaça sanitária.
 

Controle efetivo

Dentre as estratégias utilizadas para minimizar o problema de resistência anti-helmíntica, estão o monitoramento permanente para observar sinais de resistência, como ganho de peso e índices na reprodução. Se necessário, deve-se mudar o medicamento, é importante usar a dose recomendada, conforme o peso do animal. Também é preciso adotar formas integradas de controle dos helmintos, otimizando a utilização dos medicamentos e verificar mecanismos de ação da classe do produto, para entender se atuam de forma distinta no parasito. Além disso, deve-se tratar apenas as categorias de animais que realmente necessitam de intervenção, com base em critérios como a carga parasitária e o estado de saúde e época do ano, em vez de aplicar tratamentos em todo o rebanho indiscriminadamente.

A ciência vem trabalhando, ao longo dos anos, para desenvolver novas tecnologias de controle da resistência parasitária para um melhor controle dos parasitas, permitindo que os impactos negativos das parasitoses sejam minimizados nos planteis brasileiros. “Não temos mais espaço na pecuária para administrar o negócio e rebanho sem gerenciamento de toda a atividade. Não medir a performance dos animais afetará a rentabilidade e produtividade. O pecuarista já faz o investimento em reprodução, nutrição, saúde. Quem não gostaria de ter um ganho adicional +20kg por animal, por exemplo, como já vimos em estudos comprovados, usando o controle estratégico de verminoses da Zoetis?”, indaga Janaina Giordani, gerente de produto da linha de antiparasitários.

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